O editor do Savana", Fernando Gonçalves, escreveu na edição desta semana que, numa mesa redonda na qual participou, realizada numa cidade zimbabweana, foi colocada a seguinte pergunta: haverá uma forma tipicamente africana de fazer jornalismo, um jornalismo africano? A mesa foi organizada por pessoas defensoras do jornalismo africano, culturalmente enraízado. Eis a posição de Gonçalves: "Os jornalistas africanos devem desconfiar de todo aquele que lhes tente definir ou prescrever sobre o que devem ou não escrever, ou sobre o que é culturalmente aceitável ou não é aceitável. Não é na base dessa filosofia que os jornalistas africanos se devem definir sobre quem eles são. O que os jornalistas africanos devem fazer é auto-avaliarem-se em função da sua responsabilidade perante a sociedade e, no seu trabalho, lutarem por defender o bem-estar das sociedades. Isso assume-se de várias formas." (p. 10, "Tribuna do editor" com o título "Jornalismo africano ou jornalismo em África").Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
19 novembro 2009
"Jornalismo africano"
O editor do Savana", Fernando Gonçalves, escreveu na edição desta semana que, numa mesa redonda na qual participou, realizada numa cidade zimbabweana, foi colocada a seguinte pergunta: haverá uma forma tipicamente africana de fazer jornalismo, um jornalismo africano? A mesa foi organizada por pessoas defensoras do jornalismo africano, culturalmente enraízado. Eis a posição de Gonçalves: "Os jornalistas africanos devem desconfiar de todo aquele que lhes tente definir ou prescrever sobre o que devem ou não escrever, ou sobre o que é culturalmente aceitável ou não é aceitável. Não é na base dessa filosofia que os jornalistas africanos se devem definir sobre quem eles são. O que os jornalistas africanos devem fazer é auto-avaliarem-se em função da sua responsabilidade perante a sociedade e, no seu trabalho, lutarem por defender o bem-estar das sociedades. Isso assume-se de várias formas." (p. 10, "Tribuna do editor" com o título "Jornalismo africano ou jornalismo em África").1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Confesso que esperei por comentários de jornalistas para saber se há jornalismo africano e se há como se caracteriza.
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