Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
08 novembro 2009
EUA: aprovado projecto de reforma da saúde
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Sabendo que até agora perto de 50 milhões de americanos viviam sem plano de saúde, dá para pensar.
ResponderEliminarQuando me lembro do caso de um funcionário público dos EUA, que um dia foi atropelado e levado para o Banco de Socorros, de onde só saiu para o cemitério, porque não tinha dinheiro para pagar o custo dos paramédicos que o assistiram na rua, da ambulância que o transportou e dos medicamentos que tomou...fez-me perguntar por onde e andavam os arautos dos Direitos Humanos de Washington que tanto gostam de olhar para o quintal dos outros, mas que se esqueciam da sua triste realidade social.
Só por isso, OBAMA já venceu a próximas eleições. Ainda há interrogações sobre a sustentabilidade financeira deste plano financiado pelo Estado, mas estou convencido que OBAMA conseguirá estabilizar a economia dos EUA até ao final do presente mandato, porque, assim mostra a tendência,com o dólar fortalecer-se cada vez mais, favorecido pela distensão com os outros parceiros internacionais (aliados e inimigos).
O problema é que os americanos ainda não estão habituados ao estilo do seu jovem Presidente...
Aqui pelas nossas bandas... nem sabemos o que 'e um plano de saude.
ResponderEliminarE se depender do nosso ministro de saude...a taxa de prevalencia de HIV 'e capaz de manter em 100% de crescimento para 2008-2010... assim como foi em 2006-2008.
fazer o que ?
Gosto de comentar com bases mais sólidas, que de momento não possuo.
ResponderEliminarPorém,
1º parabéns ao Presidente Obama pela vitória do seu plano, promessa da campanha eleitoral que o ajudou a eleger, e principalmente por ter CUMPRIDO, coisa rara nos políticos uma vez elegidos - pois costumam sofrer de amnésia imediatamente;
2º pela justiça social, pela abrangência que comporta, e pela correcção do acesso a um direito fundamental, os cuidados de saúde - coisa que sempre me fez muita espécie numa super-potência como os USA.
Em Portugal, e creio que em toda a UE, o serviço de saúde é universal. Há pessoas totalmente isentas de pagamentos que considero simbólicos – as taxas moderadoras – e que visam ajudar a suportar os elevados, e sempre crescentes, custos do respectivo ministério.
Sou dos que pensam que não deve haver nada de “borla” para ninguém, como princípio geral do sistema.
Isentos devem ficar apenas as pessoas que comprovadamente não tem os rendimentos suficientes para o efeito de taxação.
Por isso mesmo é que os mais afortunados financeiramente devem pagar mais caro o usufruto do serviço de saúde estatal, isto é, deve-se pagar MODERAMENTE de acordo com os rendimentos de cada um.
Sou absolutamente contra o parasitismo dos bens de estado por pessoas que possam contribuir, e devem fazê-lo, sempre numa óptica de complementaridade moderada, a favor de todos.
Este é um princípio basilar do meu pensamento que gostaria de deixar exposto, já que entendo que os direitos à saúde, melhor, aos cuidados de saúde, devem ser totalmente universais, sem margem para quaisquer dúvidas, ou discussões.
O mesmo que respirar, ou beber um copo de água.
Mas a sustentabilidade do mesmo sistema tem que ser acautelada.
Escreve-vos um privilegiado nesse item, porque felizmente tenho 3 planos de saúde ao dispor, e raramente, muito raramente, recorro ao serviço nacional de saúde.
E não gosto mesmo nada de ter que recorrer a quaisquer deles – será sinal de falta de saúde, não é?
Prefiro pagar para os outros, e num dos sistemas pago mensalmente há 30 anos 1,50% do meu vencimento, e assim será até me finar…mas tenho o direito a um sistema de saúde exemplar, gerido pelos próprios trabalhadores.
E, felizmente, quando vou ao serviço nacional de saúde, pago taxas moderadoras, o que para mim, é muito bom sinal, e motivo de satisfação…
E tudo isto para mostrar diferentes perspectivas, que espero sejam úteis.