Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 novembro 2009
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Eis a grande diferença entre NÓS, africanos, (a maioria) e os outros do hemisfério norte.
ResponderEliminarQue maravilha poder pegar um comboio às 7H00 em ponto e chegar ao trabalho às 7H30 em ponto também! Faz parte da cultura. Tempo é dinheiro, em alguns lugares, é mais o dinheiro do que qualquer outra coisa.
Eu sou moçambicano, mas fui educado assim. Hoje, outros moçambicanos, dizem que eu deveriam ser exilado na Holanda!
Enquanto esta barreira não for derrubada, nenhum Governo competente, nenhum sistema de educação abrangente, nenhuma Ajuda ao desenvolvimento poderá alguma vez "dar o arranco a nossa velharia".
É uma questão visceral. Há quem diga, herança do Colono. O que é parcialmente verdade, mas também desculpas de mau pagador.
Porque quem vai ao primeiro mundo hoje, percebe que lá "TEMPO É DINHEIRO" porque todos (pobres e ricos) seguem a mesma cartilha. Mesmo com os velhos do Restelo...
Entre nós, há ainda o lado romântico da coisa. Conspirações raciais e esconjuros, quando as coisas ficam tortas - por causa dos atrasos afinal - e perdemos as oportunidades para os estrangeiros. E ainda alojamos a titi, a vavó e a prole toda na casa, para tudo ficar geracionalmente pesado, estático, imutável.
Quando, na metade superior do planeta, vai tudo para o seu lugar. E morre-se devagar.
Um filósofo contemporâneo sugeriu que a tradição Católica face ao Protestantismo também se distingue por esse aspecto. Resultando daí o facto de países com tradição protestante serem, via de regra, mais avançados e progressistas do que os católicos. As estatísticas não desmentem.
E eu até diria, o mesmo se aplicaria a todas as outras tradições religiosas conservadoras.
Teria sido diferente se tivessemos sido colonizados por Ingleses ou Alemães?
Resta-nos a dúvida.
Alguns factores catalizadores da burocracia em Moçambique:
ResponderEliminar1- Construção do Estado por meio de um sistema político burocrático (Socialismo);
2- Herança cultural africana. As relações de poder em África gravitam sempre em torno da figura do "Chefe", daí a grande popularidade das soluções socialistas;
3- Herança colonial. A dominação foi feita, servindo-se da herança cultural africana numa primeira fase. O colonialismo revelou-se uma aproximação entre o "modus faciendi" local e o europeu, mas deste último, foram retirados essencialmente os aspectos mais funestos;
4-Assimilação e aculturação tardia ao pensamento moderno (processo iniciado em 1987). Ainda não é perceptível ao comum do Cidadão, os ganhos que lhe trarão ao seu bolso o fazer "as coisas mais rápido".
5- A Info-exclusão. Tecno-exclusão, falta de soberania alimentar, meritocracia, etc, são factores que impedem que autonomamente o Cidadão assuma a diferença, pela diferença para melhor.
Possíveis soluções:
1- Mudar o Regime político, purificando-o;
2- Aumentar a imigração estrangeira qualificada;
3- Erradicar o Analfabetismo (iletrado e funcional);
4- Fomentar Miscigenação cultural entre estrangeiros e locais;
5- Elaborar Agenda de Desenvolvimento própria.
Todas conhecidas. Porém, sempre esquecidas.
Estimulantes comentários...e como eu gostaria...
ResponderEliminarMas depois de algumas trabalhosas "batalhas", em locais diversos, estou num descanso observatório/"vigilante".
Mas que é mesmo apelativo...RRRRRRRRRRRRRRR...