Outros elos pessoais

17 setembro 2009

(10) 17/09/09

Adenda: ontem escrevi isto: "Os boletins de voto ainda não foram impressos, tudo em standby à espera da decisão do Conselho Constitucional sobre as reclamações apresentradas por alguns partidos - afirmou Leopoldo da Costa, presidente da CNE à Rádio Moçambique (noticiário das 19:30). E aqui está o dilema: se o CC não aceita, na totalidade ou parcialmente, as reclamações, é, por hipótese, apanhado pelo caudal de descrédito que já cobre a CNE; se aceita, homologa o descrédito referido no concernente à CNE. Em qualquer caso, nunca como agora houve tanta crítica em relação à CNE, seja nacional, seja internacional."
Adenda 2 às 8:05: continuo a ouvir os discursos dos candidatos, a prestar atenção ao que dizem, ao que prometem. Creio que o discurso populista atravessa todas as intervenções, não importa que partido, não importa onde. O populismo não é nem uma ideologia nem um tipo de regime, é um estilo político fluido, ambíguo, que cada líder pode preencher de forma diferente. Por regra, o líder populista recorre ao povo dizendo-se seu arauto e salvador. O líder populista aparece sempre como providencial, como fazedor de milagres. A esse propósito, leia, por exemplo, Pierre-André Taguieff, L’ illusion populiste (a ilusão populista). Paris: Champs/Flammarion, 2002.
Adenda 3 às 8:31: apresentando o manifesto do seu partido no tempo de antena para a campanha eleitoral da Rádio Moçambique, num estilo áulico, emotivo, um militante do Partido de Reconciliação Democrática Social solicita que os governos incluam jovens nas suas delegações que viajam para seminários, encontros internacionais, etc.
Adenda 4 às 8:34: crédito à habitação, com 20% dos empréstimos cobertos pelo Estado – do manifesto do MDM no tempo de antena para a campanha eleitoral da Rádio Moçambique.
Adenda 5 às 8:41: de uma campanha feita pelo representante da Renamo, Samo Gudo, na Matola: “Aqui têm energia? Não têm, com a Renamo vão ter. Têm água? Não têm. Com a Renamo vão ter" (Diário de campanha, Rádio Moçambique, anteontem à noite).
Adenda 6 às 8:43: do spot da Frelimo no tempo de antena da campanha eleitoral da Rádio Moçambique: “Em toda a parte os cidadãos dizem que a Frelimo é a melhor”.
Adenda 7 às 8:57: no seu manifesto eleitoral, o Partido Trabalhista promete reduzir impostos e taxas em 50% (tempo de antena da Rádio Moçambique).
Adenda 8 às 10 horas: o semanário “Savana” regressa à CNE na sua edição desta semana com uma manchete intitulada “Circo Leopoldo”. No interior, há textos sobre a campanha, uma análise nos bastidores da crise, a não comparência de Leopoldo da Costa ao Parlamento Juvenil, a carta dos embaixadores sobre a exclusão de partidos e coligações, etc.
Adenda 9 às 11:03: se Dhlakama for eleito, vão acabar os impostos em Moçambique, prometeu o delegado político desse partido em Sofala (Rádio Moçambique, noticiário das 11 horas, despacho de Arune Vali). Esta é francamente forte!

3 comentários:

  1. Espero que seja apenas uma estratégia, deixando que seja o CC a decidir a qualificacão ou inclusão dos partidos excluidos.

    Todos devem saber que essa accão movida pela CNE permitiu à maioria a injustica do sistema regente.

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  2. http://www.mozamigos.co.mz/forum_thread.php?thread=471

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