(5) 15/09/09

Importa que nasçam e se consolidem em Moçambique pesquisas sobre textos produzidos para campanhas eleitorais, sobre intervenções em comícios, sobre reações de eleitores, etc. Prestem atenção a dois trabalhos do género feitos no Brasil, aqui.

Adenda 1: vários candidatos e vários partidos foram excluídos da campanha eleitoral. Protestaram com veemência, Raul Domingos, por exemplo, foi um deles. Mas foram (e continuam a ser) especialmente Deviz Simango e o MDM os alvos vitais de críticas em certos círculos. É um ataque sistemático. Penso que nos teremos de interrogar sobre as razões de tanta hostilidade.

Adenda 2: quando escuto os discursos que estão a ser feitos em comícios, rapidamente me apercebo de uma espécie de tom milenarista em todos eles, não importa quem comicia nem que partido.

Adenda 3 às 6:18: um cidadão encontra-se detido pela polícia em Moma acusado de destruir cartazes da Frelimo. Ouvido, declarou que não pertencia a nenhum partido e que apenas não queria ter cartazes colados na porta da sua casa (Rádio Moçambique, noticiário das 6 horas). Não é a singularidade do caso que importa, mas o testemunho da emoção cartazeira não importa em que partido.

Adenda 4 às 7:34: de uma forma geral, a Rádio Moçambique tem feito - em meu entender - um bom trabalho, procurando não privilegiar este ou aquele partido.