Em aguerridas conferências de imprensa, os partidos Frelimo e Renamo garantem ter "atingido" (sic) uma parte considerável dos eleitores nos primeiros dias da campanha eleitoral. É a primeira vez na história da propaganda política do país que se faz uso de semelhante alarde estatístico. Vamos aguardar pelos resultados eleitorais para verificarmos quantos leitores foram efectivamente atingidos, por quem e com que dimensão.
Adenda às 11:02: em despacho do jornalista Teixeira Cunheira badeado na cidade de Tete, noticiário das 11 horas da Rádio Moçambique, ficámos a saber que militantes do Partido Frelimo prometeram consertar todas as torneiras avariadas da cidade de Tete caso os tetentes votem nela; em contrapartida, militantes da Renamo prometeram "acabar com a problemática da pobreza" (sic).
Adenda 2 às 18:17: ouvi, pela Rádio Moçambique, há momentos, o tempo de antena dedicado aos três candidatos presidenciais. A Frelimo tem capacidade financeira para fazer um programa possante dedicado a Armando Guebuza. Fê-lo. Mas surpreendeu-me o programa dedicado a Dhlakama da Renamo, bem mais vivo, musical e organizado do que há cinco anos. Em contrapartida, o programa dedicado a Deviz Simango está fraco, sem fundo melódico, apareceu uma senhora monocórdica que, apesar do esforço, estava titubeante, parecia estar doente, parecia - afinal - estar a fazer um discurso num cemitério.
Adenda 3 às 19:45: em Tete, no bairro Chingódzi, Paulino Namburete, da Frelimo, disse que o seu partido iria acabar com a pobreza caso os eleitores votassem nele. Atrás não ficou na mesma promessa Adriano Mariano do MDM (Rádio Moçambique, diário de campanha, 19:46).
Adenda 4 às 19:51: um porta-voz da Frelimo em Niassa disse que membros da Renamo filiaram-se no seu partido. Um porta-voz da Renamo redarguiu que isso era uma "propaganda barrata" (sic, com dois sonantes rs), pois o contrário é que era verdade (Rádio Moçambique, diário de campanha, 19:50).
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.