Outros elos pessoais

23 setembro 2009

(18) 23/09/09


As regras da CNE, a flexibilidade que o MDM pediu, o PLD que funciona na casa do presidente que tem um negócio de flores, incidentes de campanha e uso de meios do Estado : leiam isso no Boletim do processo político em Moçambique (6), 22 de Setembro, aqui.
Adenda 1 às 8:42: já tinha aqui escrito sobre recurso político a curandeiros e régulos. O "Notícias" online de hoje reporta que em Manica o chefe-adjunto do Gabinete Provincial de Eleições do Partido Frelimo, pediu votos às mulheres e aos curandeiros, fora uma reunião "à volta da fogueira". Num destes dias escrevo sobre o retorno massivo a régulos e curandeiros, fora o neo-tradicionalismo das conversas à volta da fogueira.
Adenda 2 às 8:55: preste-se atenção aos dois últimos parágrafos de uma carta do Sr. Chipande, aqui.
Adenda 3 às 9:25: creio ser importante estudar os processos de administração cognitiva das eleições e, em particular, a produção ideológica a vários níveis. Por exemplo: produção política do (s) adversário (s), consenso e dissenso discursivos, estereotipagem, propaganda, defesa do poder, etc.
Adenda 4 às 9:33: vamos a ver se alguém está a estudar a produção da campanha eleitoral nos jornais.
Adenda 5 às 9:35: num livro de Teun A. van Djijk, a propósito dos órgão de informação ocidentais: "Os valores, as normas e os arranjos de poder fundamentais são apenas raramente contestados de forma explítica nos meios de comunicação dominantes. Na verdade, essa dimensão de discordância é em si própria organizada e controlada. A oposição, também a realizada pelos meios de comunicação, limita-se às fronteiras fixadas pelas instituições de poder e pode, assuim, também se tornar rotineira" (Discurso e poder. São Paulo: Editora Contexto, 2008, p. 75). Foi aquele cientista holandês quem igualmente escreveu o seguinte: "O discurso controla mentes e mentes controlam ação. Isso significa que, para aqueles que estão no poder, é crucial controlar, em primeiro lugar, o discurso".

Adenda 6 às 9:57: há dias, na Mafalala, houve comício e estavam lá muitas crianças. O Ismael Miquidade fotografou uma delas e enviou-se a foto acima, gesto que me muito agradeço.
Adenda 7 às 12:52: importante saber como, com o seu capital simbólico, as "elites simbólicas" (jornalistas, escritores, artistas, directores, académicos e outros tipos sociais) estão a produzir a visibilidade da luta política e da actual campanha eleitoral.
Adenda 11 às 19:08: em plena campanha eleitoral, o presidente da República e candidato presidencial pelo Partido Frelimo, Armando Guebuza, tem também (desde o dia 17) um blogue, a conferir aqui.

7 comentários:

  1. essa historia do MDM está mal contada. É a segunda vez que esse boletim com conotacoes proximas da "ala criativa" do partidao divulga noticias do MDM sem utilizar o contraditorio que facilmente estaria ao seu dispor. O Sr. Marcelo Mosse já se esqueceu dos tempos em que se sentava na mesma banca com o saudoso Carlos Cardoso?

    ResponderEliminar
  2. Uma excepção em não responder a anónimos: (1) Conte vc bem a história; (2)Explique o que é "ala criativa do partidão" e o que tem Marcelo Mosse a ver com o MDM. Detalhe: o seu estilo mostra com clareza que vc nenhuma saudade tem de Cardoso.

    ResponderEliminar
  3. A nivel da MEDIA...

    Parece aqueles jogos de solidariedade...

    Governo mocambicano Versus Resto do Mundo.

    O Governo mocambicano conta com:
    AIM, Noticias , TVM e RM reforcado pelo Pais e STV.
    e esta equipe MEDIATICA parece muito disposta a resistir...

    O Resto do Mundo...
    Conta com o Resto do Mundo.

    ResponderEliminar
  4. Falando ao que o post realmente apela. Sem dúvida que é algo que falta em Moçambique e em África em geral. É sabido que de política pouco se discute em campanha eleitoral, isto em todo o mundo. Em Moçambique ainda menos.
    Um frente-a-frente (desde que seja salutar e se mantenha dentro da esfera politica) é sempre uma óptima forma de avaliar, até mesmo pelo método de comparação, o programa de cada partido.
    Eleições após eleições pergunta o bicho da ansiedade: Será que é desta?

    AC

    ResponderEliminar
  5. As Nações Unidas dizem estar a seguir atentamente o processo de análise das candidaturas de partidos políticos moçambicanos excluídos da corrida eleitoral de 28 de Outubro, defendendo a realização de eleições "transparentes, livres e inclusivas"."Queremos eleições transparentes, livres e inclusivas", até porque "estamos a seguir isso atentamente (a avaliação do Conselho Constitucional, CC) e temos que seguir isso atentamente", disse hoje à Agência Lusa o coordenador residente da ONU em Moçambique, Ndolamb Ngokwey. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) excluiu oito partidos e duas coligações do processo, alegando que as candidaturas não estavam conforme a lei, sendo que um desses partidos, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), apenas pode concorrer em quatro dos 13 círculos eleitorais. (Maputo, 23 Set-Lusa)

    ResponderEliminar
  6. li a pagina de opinião no Noticias de hoje, o SIGAROWANE tem a sua opinião com muito veneno se diga de passagem.

    todos somos livre de expor as nossas opinioes,mesmo os mais rediculos k sejao,so que essa opiniao quando está xeio de MALDADE E ÓDIO, É DISPRESIVEL

    Ainda nao entendi bem o porque de tanta escrita malciosa e caluniosa contra o MDM, em algumas vezes o ÓDIO XTA MAIS PATENTE EM CERTAS PESSOAS,reconheço a deferencia de opinioes, mas AWÉNI É DEMAIS,

    ResponderEliminar
  7. Obrigado ao Nipiode pela referência, já postei. Chaúque, talvez não seja difícil compreender o ódio.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.