Outros elos pessoais

19 julho 2009

Produtores de igrejas


"A angústia religiosa é, por um lado, a expressão da angústia real e, por outro, o protesto contra a angústia (…). Exigir que [o povo] renuncie às ilusões é exigir que ele renuncie a uma situação que precisa de ilusões." (Karl Marx)
Igrejas de todos os tipos e quilates é o que mais abunda hoje em Moçambique e, especialmente, em Maputo. Por exemplo, basta visitar os bairros periféricos da cidade de Maputo para nos darmos conta de tabuletas com os mais espantosos nomes de micro-igrejas. Naturalmente que Rolland e Heidi Baker criaram também as suas igrejas: Ministério Arco-Iris e Igrejas Comunhão na Colheita. Asseguram que "nossas crianças estão descobrindo a glória de sentir o toque direto de Deus em suas vidas."

3 comentários:

  1. É verdade. Muita das vezes com uns meticais no bolso já se fazem uma ou mais Igrejas e com ela milhões de crentes. E ainda argumentam que a aludida Igreja têm mais de 50 anos e fundada no país X ou Y quando, na verdade, para o espanto de todos a mesma não existe em lado nenhum. A sua génese começa alí mesmo. Só em terrenos férteis, depois da morte de Samora Machel, Moçambique fico vunerável a estes mentores e inovadores?

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. A pobreza 'e desilusao.

    O POVO precisa de acreditar em algo.

    algo que deia esperanca.

    isso, torna o "negocio da fe" bastante atrativo.

    cobra-se "dizimo" e da-se esperanca.

    ResponderEliminar
  3. Penso que a versão original da frase do Karl Marx seria "O apelo para que abandonem a ilusão a respeito da sua condição é o apelo para que abandonem a uma situação que precisa de ilusão." A religião primeiramente baseia se no medo do desconhecido, sim, medo! Porque não sabemos o que vem depois disto. E eles criaram uma versão que até hoje domina a mente de muito: o paraíso e o inferno. Mas as igrejas de hoje não tem muito haver com esse aspecto. Hoje elas podem curar tudo e a todos. Fazem os paralíticos andarem, os cegos enxergarem. Com eles os pobres tornam-se ricos, os doentes são curados, até de Hiv!! Bem, as igrejas são a principal fonte de todo tipo de ignorância, as pessoas deixam de fazer as coisas pela sua vontade e passam a fazer tudo que Deus (os pastores) mandam. O Dízimo é a principal forma de extorsão. Tiram tudo, mas tudo que as pessoas tem. O pouco dinheiro que as pessoas conquistaram graças ao fruto do seu trabalho e metem nas sacolas assim ofertando a casa do senhor (isto é, o bolsos dos miseres exploradores). Era bom no tempo de SAMORA quando não haviam moçambicanos pintados de brasileiros, imitando sotaques somente pra enganar o povo. Era bom antes das Igrejas universal, assembléia de Deus e as milhares que dizem que podem fazer milagres, a vida era boa porque acreditavamos nas nossas capacidades. A mentalidade do povo está a ser obstruida pelos moralistas, que de moral nada tem. São apenas parasitas que precisam ser eliminados da sociedade antes que estraguem a uma geração inteira.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.