Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
03 julho 2009
Nhachote e a entronização
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Caro Dr Serra,
ResponderEliminarA observacao do jornalita é feliz. O que esta a falar é o complemento de mais vozes no coro de protesto. Ao ritmo que a Guebuzamania esta deve precupar os sectores mais esclarecidos
A bajulação tem o seu preço. Tem o seu prazo. E a questão de atribuição de nomes de proa da Frelimo, ou se preferirem, da nação à infra-estruturas públicas à semelhança do que aconteceu com as casas protocolares do Estado que foram alienadas pela burguesia do poder terá o seu desfecho. Não nos esquecemos que Deviz Samango tentou resgatar as casas do Estado que foral alienadas pelo partido Frelimo. Espero que ao chegar a presidente da república ponha mão dura nestes aspectos, removendo os nomes que foram atribuidas ilegalmente, atribuindo títulos de herói a quem realmente merece a admiração do povo, recuper os bens do Estado que estão nas mãos de alheios. Só por isso que o meu voto poderá recair sobre o MDM e o seu candidato, não obstante o meu berço partidário ser o outro. AQUI ESTÁ A DIFERENÇA, voto no candidato que melhor cartaz apresentar. Um candidato sério e responsável. Que não esteja comprometido com o poder. E Deviz Simango tem sido esta pessoa!!!
ResponderEliminarUm abraço
Eut rago um outro elemento para debate em torno desta figura .sera facil contornar os seus aptites de poder de forma a nao alterar a constituicao que lhe permitira concorrer 3,4 ...vezes? eu acho nao .vejo nele um sentido "EU" exagerado
ResponderEliminarFonte: Notícia 03/07/2009, p.5
ResponderEliminarLINA MAGAIA no seu melhor! À procura de um lugar?!?!
> GUEBUZA: uma vez comissãrio político; comissário político para a vida toda!
Transcrição: "Muitos aproveitaram o quase silêncio de Chissano e enriqueceram. Enriqueceram ficando o povo com a pobreza absoluta acumulada devido ao cumprimento das sanções contra a Rodésia. Foi preciso mudar….
Aos 30 anos de independência de Moçambique houve a mudança. O inimigo foi claramente definido: a pobreza, a negligência no seio dos servidores do povo, o “pague-me eu farei”.
Veio a mudança! O distrito é delineado como pólo de desenvolvimento sendo a agricultura sua base e a indústria o seu motor. Surge efectivamente um meio para vencer a pobreza! E Armando Emílio Guebuza, comissário político, para dar coragem e determinação aos guerrilheiros na Luta de Libertação Nacional, torna-se comissário político para a luta contra este inimigo!
Moçambique tem 34 anos, quatro dos quais Moçambique está na luta contra a pobreza! Que comissário pode ser comissário longe das unidades? Que guerra se ganha antes de acabar o mal a combater? Um verdadeiro comissário cônscio da sua responsabilidade não recua enquanto o mal a combater prevalecer!
... ... Em democracia, o povo é que manda e se o povo quiser que o comissário político continue a governar, ele governará e fará que Moçambique saia da pobreza absoluta!"
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É pá é isso mesmo o comissariado político das empresas privadas vai a todo o vapor (quantas tem o Guebuza?). Já agora vamos ler o Mia -
ResponderEliminar"Quer dizer, a grande vantagem de estarmos no Poder é que, para sermos empresários, não precisamos de empreender nada. A bem dizer, nem precisamos de empresas."
- Meu querido marido, escutou o noticiário?
- Não. Há novidades importantes?
- Diz o noticiário que você deixou de ser ministro.
- Afinal, eu ainda era ministro?
- Disseram que era. Não sabia?
- Tinha uma vaga ideia. Mas acho que se enganaram, também estes jornalistas divulgam cada coisa, sabe como é: jornalismo preguiçoso...
- Mas aquilo era um comunicado oficial. E disseram claramente o seu nome. Eu não fazia ideia. Pensei que era só empresário.
- Ai é? Saí no noticiário? Mostraram a minha foto?
- Não. Mas, diga-me lá, marido, você era Ministro de quê?
- Ministro dos Assuntos Gerais. Uma coisa assim... Já agora, você reparou se disseram quem era o novo ministro?
- É um dos anteriores vice-ministros.
- Afinal havia mais que um?
- Havia sete vice-ministros.
- Sete? Eh pá, aquilo não era um Ministério, era um Vice-Ministério.
- Fica triste, marido?
- Bom, pá, paciência. Mais importante são os meus cargos nas 15 grandes empresas.
- Ontem, no nosso jantar, você disse que eram 35...
- Minha querida, você escutou mal. Não há, no país inteiro, 35 grandes empresas. Aliás, a maior parte dos empresários de sucesso ainda anda à procura de empresas.
- Não entendo essa matemática.
- É que, no nosso país, há mais empresários que empresas.
- Trinta e cinco... Trinta e cinco são os nossos anos de casados. E estou tão orgulhosa de si, meu ex-ministro, você foi sempre tão ambicioso...
- Ambicioso, não. Ganancioso.
- E qual é a diferença?
- O ambicioso faz coisas. O ganancioso apropria-se das coisas já feitas por outros.
- Você apropriou-se de mim que fui feita por outros.
- Isso é verdade, cara esposa. Uma coisa é verdade: vai-me fazer falta o poder.
- O poder? Não me diga que lhe está faltar o poder, marido?
- Alto lá, falo apenas do poder político. Quer dizer, a grande vantagem de estarmos no Poder é que, para sermos empresários, não precisamos de empreender nada. A bem dizer, nem precisamos de empresas.
- Mas, marido, eu também tenho empresas, você diz que colocou uma data de empresas em meu nome.
- Tem razão, minha querida. Vou usar das minhas influências e pedir para você ser nomeada Ministra.
- Eu, Ministra? Para quê?
- Que é para, a partir da agora, você abrir empresas em meu nome.
*Mia Couto - Pambazuka News
http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=8258265&indice=0&canal=405
Prof. Honestamente nao vejo razao para tanta celeuma a volta do nome qe sera atribuido a Ponte! We can always Change, just leave it for the time being.
ResponderEliminarOra bem!Se nao estou errado, em Mocambique tinhamos a Rua Salazar ou Marcelo Caetano. And now? They are gone!!!
This one will go as well....don't worry!
Porque RAIO, Ponte há-de ter nome de gente?
ResponderEliminarConcordo com quem DESDRAMATIZOU, dizendo que os nomes hoje são uns amanhã poderão ser outros:
> "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
A ponte AEG já está, sejamos pois práticos, pró-activos, começemos desde já a VOTAR nome da ponte Maputo / Catembe.
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A discussão pode parecer apenas em redor da ponte sobre o rio Zambeze, mas muito mais, é o que se pretende com o CULTO DA PERNALIDADE. Vejam que isto já atigiu o cúmulo a ponto de Narciso Pedro querer ter a sua rua.
ResponderEliminarFala-se retirar os nomes depois que as vontades mudam mas ainda temos as avenidas com nomes como Mohamed Siad Barré. Quem se preocupa agora em dizer às crincas sobre que foi o tal Barré? A retirada também não é gratuita.