Isto de negócios está a dar. Na realidade, o empreendedorismo - sublime palavra já embutida na nossa auto-estimada alma - está mesmo empreendedorado.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
06 julho 2009
Matusse, Nihia e negócios mineiros
Isto de negócios está a dar. Na realidade, o empreendedorismo - sublime palavra já embutida na nossa auto-estimada alma - está mesmo empreendedorado.
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Uma prenda para si em http://antropocoiso.blogspot.com/2009/07/obrigado.html
ResponderEliminarAbraço!
E vão se multiplicando empresas e mais empresas a favor da nomenclatura. O povo, a malta, vamos chupando o dedo. Como diz o "patrão, o famigerado músico MC Rogger "avança, e não recua." Perdão, queria dizer o seguinte: que o voto é a única arma capaz de combater um dirigente corrupto - palavras de Lula da Silva, presidente do Brasil.
ResponderEliminarUm abraço
“A mais recente encíclica papal afirma que a crise actual deve-se, em parte, ao facto do mercado ter perdido valores morais, tendo substituído Deus pelo “deus dinheiro”.(Diário económico, 06/07/2009)
ResponderEliminar Quer queiramos, quer não, vivemos numa economia capitalista, onde o bem-estar e mesmo o poder político acaba “comandado” pelo poder económico: o dinheiro é, infelizmente, quem mais ordena!
Neste cenário, entendo ser de LOUVAR aqueles que, como Filipe Matusse, estão dispostos a poupar (deixar de consumir hoje), para investir numa qualquer actividade económica, com expectativas de lucro (consumo) futuro.
É normal que entre aqueles que auferem melhores salários, quer porque têm mais do que um emprego, exercem profissões liberais ou têm outras fontes de rendimento, exista uma certa capacidade de poupança que faz todo o sentido procurar rentabilizar.
Não têm, necessariamente, que deixar de exercer a sua actividade profissional, pois outros irão fazer a gestão dos empreendimentos, ou seja: são apenas investidores, contribuem para a criação de emprego, geração de riqueza, pagamento de impostos e recebem dividendos (quando há lucros).
No nosso mercado financeiro as soluções para a rentabilização das poupanças são poucas e pouco imaginativas: em regra os depósitos a prazo acabam por ter remunerações que rapidamente se corroem com a desvalorização da moeda.
As Obrigações do Tesouro são “açambarcadas” pelos Bancos e não chegam aos clientes.
Pelo contrário, estes usam os depósitos dos clientes que remuneram mal para comprar dívida pública remunerada a taxas bem superiores, ou para aquisição dos dólares que o BM vai colocando no mercado (para tentar segurar o metical) ganhando na venda, com a desvalorização do metical mais o spread.
Neste ambiente, encontrar pessoas dispostas a aplicar a sua poupança em actividade económicas de risco, como é a área mineira, é de louvar e apontar como exemplo.
> Precisamos de incentivar este espírito de CRIAR RIQUEZA, única forma de acabar com a pobreza.
A questão de fundo, no meu entender, reside no facto de alguns, com ligações mais próximas do poder, terem acesso a informação privilegiada que o cidadão comum (também potencial investidor) não têm, ou seja: o ambiente de negócios não é igual para todos (uns são filhos, outros enteados), donde: TRANSPARÊNCIA E ÉTICA, PRECISA-SE!
Há membros do governo, ex-governantes, gente ligada ao “Partidão” detentores de razoáveis “impérios de participações” directas ou cruzadas em sectores estratégicos da economia, porquê?
> Simples: nas suas funções e/ou circulo de interesses há conhecimento dos investimentos estratégicos que o país vai realizar, conhecem as fontes de financiamento e, antes desses projectos serem aprovados, já estão criadas as empresas internamente, cujo objecto social vai assentar “que nem uma luva” nos projectos que estão para chegar.
> Há muitos exemplos concretos: AEG e seus “tigres”, mas não só, é um exemplo eloquente dessa refinada forma de enriquecimento.
Finalmente: Boa sorte ao Filipe Matusse na aplicação desses cinco mil meticais.
No caso em análise, segundo o BR, cada sócio entrou com apenas cinco mil meticais para o capital da empresa.
> Espero, sinceramente que seja DINHEIRO FÊMEA, bem fértil, para se multiplicar rapidamente!
> Provavelmente, a estratégia passa por identificar potenciais recursos minerais e atrair investidores estrangeiros, que assegurarão o financiamento. O Objecto da sociedade dá para tudo e mais alguma coisa, passando pela consultoria ao investimento directo
Em síntese: Independentemente do montante a aplicar, merecem-me sempre muita consideração todos aqueles que são capazes de fugir à tentação de consumir de imediato pensando no amanhã.
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