Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 julho 2009
1.ª página do "Savana" desta semana
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
mesmo dividida a imagem consegue comunicar .um homem com uma vara vai batendo na mulher ,e ela farta pega na mala e tenta voltar a casa dos pais ,mas como o marido bate nao por odio mas sim por amor ,lhe puxa de volta a casa de onde saio o dinheiro que lhe lobolou
ResponderEliminarAssumindo que:
ResponderEliminar1. Estamos em ano de eleições!
2. As mulheres represntam mais de 50% dos potenciais eleitores (sózinhas garantem a maioria)
3. As mulheres são mais sensíveis que os homens a este tipo de deferências (prenda do "papá Guebuza)
> Facilmente concluímos que: (i) trata-se de uma medida inteligente; (ii) a Frelimo não brinca em serviço.
PS: Isto está mau para os machos; elas já ameaçam: "bate lá, bate lá; vou-te denunciar; vais dentro... maaalandro!!".
__
Parabéns ao Kimmanel por tão realista descrição: Excelente!
Bela observação do Kimmanel
ResponderEliminarM
Vivendo e aprendo...sempre!
ResponderEliminarTalvez refazermos o conceito de violencia Domestica. As mesmas mulheres e Homens devem mostrar a inconstitucionalidade desta lei para o bem do pais? As criancas, Idosos, homens onde e que ficam? Isto cheira-me a camapanha ao eleitorado feminino
ResponderEliminarO que é mais caricato e que nunca chegueia perceber é o papel dos deputados da comissão dos direitos humanos e legalidade pouco fazerem nos seus ofícios. Falta de formação? Desconhecimento da realidade do país? Ou fazem copy past a leis de paises vizinhos? Sinceramente nunca entendi este fenómeno. O que hoje é aprovado amanhã descobrem eles, como se estivessem a dormir, que há inconstitucionalidade. Por amor de Deus para cada erro, tal como são penalizados os médicos, o mesmo devia acontecer aos nossos deputados, cuja nota dou 1.
ResponderEliminarUm abraço
Ai me apetece ser mulher. Dar porada no meu homem e a lei nao mexer comigo hehehehehe
ResponderEliminarAinda não li essa lei pelo que não sei bem o conteúdo. Espero que seja uma lei contra a violência doméstica diferente de contra a violência à mulher. Na verdade há mulheres que violentam os seus maridos e em todas as formas.
ResponderEliminarEntretanto, há que reconhecermos que a maioria dos homens mocambicanos se acham proprietários das mulheres a quem batem quando entendem. Uma questão cultural que talvez nem esta lei vai ajudar. Precisamos primeiro de cultivarmo-nos no sentido de que a mulher não é a nossa propriedade, mas sim a nossa parceira; que não somos nós a educá-la por essa tarefa ter sido dos pais; que bater/violentar a mulher é má educacão e atitude de maus educados; que todo o bater, incluindo ao filho é punível segundo a Constituicao da República, e isso constava mesmo na de 1975.
Porém, escrevi que é uma questão cultural e receio que esta lei venha a funcionar porque sempre existiu algum instrumento para punir a violência, mas que nunca funcionou. Em Mocambique, o ministro bate, o juíz bate, o político bate, o professor bate, o enfermeiro bate, o pai bate, o filho bate, o marido bate, a mulher bate. Quem vai julgar a quem????
Não acho que esta lei tem a ver com Guebuza nem Frelimo. Muito menos penso que a maioria das mulheres entenderão assim. Politicamente, a lei favorecerá individualmente a quem respeita a mulher, a quem não violenta embora isso seja ainda problemático na nossa cultura. Imaginemos na violência psicológica que é frequente! Quantos políticos estão envolvidos neste tipo de violência?
Compatriotas, sejamos honestos, há entre as mulheres deputadas que aprovaram a lei, mas que estão implicitamente a favor da violência doméstica. O que diz a DEPUTADA quando o seu filho bate na nora, o irmão bate na cunhada? Eu como um membro da família alargada e da etnia macua, enfrento muito este tipo de casos e como membro da sociedade observo muito isto e noto que há dualismo por parte de muitos.