Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
16 junho 2009
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Mais vale um bom cartoom do que mil palavras, discursos...
ResponderEliminar"Herói" t`ou pidir!
Penso que se a África tivesse lideres como o presidente Mugabe o galo estaria a cantar de outra forma. Tenho uma admiração profunda por Mugabe, apesar de lhe reconhecer alguma violência contra os direitos humanos no seu próprio país e não só. Tal é próprio da conjuntura do tempo e das acções contra ele e o seu regime. A coerência, a determinação, a convicção, a auto-estima, etc fazem dele um líder corajoso e desejoso para os zimbabueanos. Só para quem não conheceu a realidade em que estavam sujeito as pessoas de cor no zimbabue poderão discordar de mim, era preciso a reforma agrária no Zimbábuè. Dirão alguns críticos, que Mugabe arruinou o país! De que maneira? Pergunto eu? Por ter tido a coragem de dizer um não ao ocidente? coisa que poucos lideres africanos fazeram! Yasser Arafat disse uma vez a um jornal português, suponho, cito de memória "ontem o ocidente era meu amigo, hoje já não o é, porque discordei deles. E como consequência amarrara-me as pernas e os braços e jogaram-me para o mar, pergunto eu, é para nadar de que maneira? " Esta é a resposta que dou face a eventuais questões sobre a crise no Zimbábuè. E é normal que hoje o Estado ande em banca-rota, que o primeiro-ministro estenda as mãos, mas com a cabeça erguida.
ResponderEliminarUm abraço
According to Reuters, Mugabe owes MOZ's HCB(electricity) about 53 million USD. That is a very important sum indeed. Will MOZ be able to collect those unpaid bills ?
ResponderEliminarMuito interessante o seu raciocinio Sr Viriato: "E é NORMAL que hoje o Estado ande em banca-rota, que o primeiro-ministro estenda as mãos, mas com a cabeça erguida."
ResponderEliminarTodos os estado normais deveriam andar na "banca'rota". E o mais interessante é esta metafora:
"Estender a mão, mas com a cabeça erguida." É mesmo possivel? Puxa, nada mais filosofico! Se a filosofia enchesse a barriga!!!
Um abraço,
ZB
O Caro Viriato é um jovem romântico, um naif, sem comportar qualquer ofensa, claro.
ResponderEliminarReformas agrárias, e outras, sempre se fizeram, fazem e farão em todo o mundo, todos os regimes.
Aliás, as reformas são feitas para evitar danos piores - explosões sociais, ou atrasos de desenvolvimento, outros.
São paliativos.
Na RSA está a fazer-se paulatinamente uma reforma agrária.
Em 1975, em Portugal fez-se uma outra, que foi um autêntico desastre.
O Xã da Pérsia (Irão), Reza Pahlavi, tentou fazê-la, e o maior proprietário das terras, o clero, derrubou-o...
Na Rússia dos Czares...
Como vê, meu Caro, tem aqui um naipe para vários gostos.
A maneira como se fazem as coisas, e não como se dizem, é que conta.
Os resultados estão à vista, e falam por si.
Um simples teorema político-social.
Anónimo,
ResponderEliminarEsperava que comentasse a essência da questão e não ironizar o meu comentário. Mugabe é para os zimbabweanos um herói, quer pela sua trajectória política, quer pelos seus feitos. Não por menos que os Estados africanos e não só estão com ele. É preciso que o amigo anónimo conheça de perto as intenções do ocidente, boa parte do que se produzia no Zimbábue era canalizado à Inglaterra, os de cor, portanto, "pretos, apenas contentavam-se em ver a cidade limpa, a economia aparentemente produtiva, aos olhos de quem desconhecia o valor das terras, enfim, tínhamos um país nas mãos da Inglaterra. Os dirigentes zimbabweanos, lembro-me, contentava-se apenas com os cargos políticos e não com o sofrimento do seu povo. A reforma era por isso inevitável, uma vez que tinham que haver igualdade de direito e do género. Foi por isso que Mugabe, tardiamente, decidiu avançar com o plano da reforma agrária, mas não expulsou nenhum branco, pelo contrário, pediu-lhes que repartissem as terras com os de cor! Em relação ao facto de se estar a pedir ajuda, e qual é o país que não o faz? Ao menos que Zimbábue têm feito de cabeça erguida, isto é, vai mostrando que não vacilou, não atendeu as ameaças do Ocidente, as sanções impostas ao país e ao presidente Mugabe, enfim, mostraram o quanto a terra e o povo do Zimbábue deve estar em primeiro lugar, SEMPRE.
Um abraço
umBhalane,
ResponderEliminarNão sabia este meu lado romântico. Como não me é possível ver a minha própria nuca, a não ser que recorra a objectos com utilidade para o efeito, aceito! Indo a questão que me coloca, umBhalane se bem que já reparei nisso há algum tempo atrás, têm sempre a tendência de recorrer à importação de exemplos externos, de sítios que de nada tem que ver com a realidade do concreto para explicar um determinado contexto.. Foi bom ler os casos que citou, mas a conjuntura zimbabueana é totalmente diferente. Repito, os problemas de cada país devem ser visto de forma pormenorizada e no contexto em que eles se encontram ou encontravam, mas nunca à luz do dia. Podem é servir de exemplo, mas nunca necessariamente uma comparação. Convido-lhe verificar, nem que tal saia a cabula, os acordos de Lencastre House e tantos outros que se seguiram ao longo dos tempos. A verdade lá jazem. Era imprescindível adiar por mais algum tempo a reforma no Zimbabué, porquanto o povo que é uma muralha de pedra e aço estava disposto a fazer de qualquer jeito. Não nego que as terras foram mal distribuídas, inclusive entregues aos camaradas da ZANU-PF, situação comum em África e no mundo todo. Uma pergunta só, os tais farmeiros brancos que não quiseram dividir as suas terras com os seus compatriotas zimbabueanos, que mais tarde foram viver para Chimoio, porque é que os mesmos, tendo lá terras fértil não se aguentaram? Porque de tanto barulho da Inglaterra? Qual é a pretensão. Do que o país produziu por acaso nunca questionou umBhalane onde é que está o dinheiro? Será que está todo com o Mugabe e os seus comparsas. Felizmente eu visitei o Zimbabué na década de 90 e sei para onde foi: Inglaterra, TUDO.
Um abraço
O que estava em disputa ou em questão nos últimos anos no Zimbabwe era terra ou poder?
ResponderEliminarO que se resolver é a questão de poder ou terra?
Depois se ser resolver isso (?) há mais algum baralho para resolver-se o outro assunto?
Sr. Viriato critica o Ocidente e os antigos dirigentes, cmo se Mugabe estivesse a fzr melhor?
ResponderEliminarPosto duma forma simples: a 'reforma kamikaze' de Mugabe, causou e continua a causar sofrimento a kem nunca precisaria de sofrer tanto, e mais sofrimento a kem já sofria antx. Ixu tbm na sua optica, era inevitavel?
Numa altura em ke a cólera já tinha morto 1.123 pessoas (segundo a ONU), o discurso de Mugabe era: "Zimbabwe é meu!" --> (sexta feira, 19 de Dezembro de 2008). Realment... grande espirito altruísta, solidário e patriótico.
E agora, kem responsabilizar pela perda de vidas humanas, pelos danos materiais, morais e afins? Aos antigos dirigentes... ou se calhar foi o Ocidente ke concebeu e levou avante exa catastrófica reforma?
O tal "não" ke Mugabe deu ao Ocidente, ta a ter custos demasiado elevados para o povo e para o país.
Qualquer pexoa com dois dedos de testa, sabe ke o prob. dos Zimbabweanos agora é o facto de terem no poder,
um homem cuja a sanidade mental é altamente questionavel, e só akeles ke não kerem ver ou ke estão a beneficiar-se
com esta catástrofe é ke numa altura destas poderão (a margem de tdu ke está a acontexer) exaltar os feitos de Mugabe (de outrora). Já o sr. Viriato, não sei a ke proposito, consegue tntar desviar as culpas para o Ocidente e para os antigos dirigentes.
E ainda por cima, o confunde: demência, teimosia e irresponsabilidade,
com: coerência, determinação e coragem.
Enfim.... não sei o ke o move, mas penxu ke está a ir na direcção errada!