Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 junho 2009
Sete milhões
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Obviamente que o facto de se ser membro, ou simpatizante da Frelimo NÃO PODE ser critério de diferenciamento de direitos e obrigações.
ResponderEliminarMas ao falar-se de índices de reembolso parece haver uma certa confusão sobre o que é, de facto, o índice de reembolso:
Vejamos: Quando se empresta 100 a pagar em 5 anos, significa que em cada ano devem ser reembolsados 20.
> Assim, se ao fim do 1º ano foram reembolsados 20 (os exigidos para esse ano), o índice de reembolso é de 100% (do que era devido).
> Porém, nas análises da imprensa, a prática parece ser considerar o índice de reembolso sobre o valor total do empréstimo, incluindo os montantes AINDA NÃO DEVIDOS. Segundo este critério, o índice de reembolso seria de apenas 20% do total do empréstimo (mas 100% do exigido segundo o plano de amortização).
Mais grave ainda é que a maior parte dos beneficiários dos empréstimos não tem capital próprio inicial, precisando por isso de um prazo mais longo para o reembolso do empréstimo: eles precisam, na realidade, de crédito permanente, devendo apenas pagar os juros, até que criem alguma acumulação (capital próprio) que rentabilizada (na produção) permita a fase de reembolso do capital do empréstimo inicial.
A iniciativa é boa, mas os intervenientes no processo de análise e acompanhamento (Conselhos Consultivos) não estão preparados para esta função, daí cometerem-se "barbaridades".
Emprestar para produzir arroz, p.e, e exigir que o pagamento do capital e juros se faça com a venda da produção, apenas resolveu o problema do camponês naquela campanha. Porém, o que fica depois de pagar o empréstimo e juros (quando fica) não chega para auto-financiar a campanha seguinte, ou seja: se não tiver novo crédito, vai à falência... e na maior parte dos casos não tem acesso a novo crédito com o argumento de que já beneficiou na campanha anterior... ... BRINCADEIRAS!
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"...não devolvem o valor, alegando serem do partido Frelimo..."
ResponderEliminarE têm razão!!!
Moçambique é "nosso".
São coerentes, e espertos.
Concordo com umBhalane, mal o Governo definiu a essência do dinheiro, os objectivos, etc, é normal que este cenário esteja a acontecer um pouco por todo o país. Estamos perante dois pesos e duas medidas. Não há que se reclamar nada! Por um lado o Governo dá a "mola" aos "fantasmas", e esses fazem o que bem entender com ela, porque Moçambique é de facto nosso! Os que ousam em devolver são os poucos escolhidos dentre a população, coitados, estes estão a "ralar" a vida a doer!
ResponderEliminarUm abraço
É de facto dificil ter que conviver com este tipo de práticas partidaristas. Estas existem em todo canto do mundo mas o que se questiona é como em Moçambique são efectivadas.
ResponderEliminarO critério de idoneidade na concessão do fundo já cria partidarização no desembolso do fundo pelo Secretaria distrital atravez da Equipe técnica sediada no Governop Distrital.
Num estudo feito Forquilha em 2009 com o Titulo: Reformas da descentralização e redução da pobreza num contexto do estado Neo-patrimonial. Um olhar a partir dos conselhos e o OIIL em Moçambique, deixou claro que maior parte dos fundos de facto vão para os membros do partido, pois verificou que em todos os mutuários tinham asteada nas suas barraquetas bandeiras do partido. Mas atenção a este cenário, poderiamos estar inseridos numa situação de mudan,ca de cores partidárias para ter acesso ao fundo.
Os critérios de concessão estão ainda num processo de aprimoramento o que não devia acontecer, era necessário terem-se criado as capacidades instituicionais para posteriomente se conceder o fundo.
Obrigado
Bem hajam os 7mis