Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 junho 2009
Madeira para a China sem processamento legal
6 comentários:
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Está sobejamente demonstrado que o negócio das madeiras com os chineses que operam em Moçambique está totalmente controlado pelos GENERAIS detentores de Concessões e de Licenças de corte.
ResponderEliminarNa realidade eles funcionam como Agentes Intermediários para a materialização das parcerias acordadas entre os Governos de Moçambique e da China.
Estes Generais têm, portanto, estatuto de impunidade a nível de cada Província.
É tempo de perdermos a inocência e entendermos que nesta vida “ninguém dá nada a ninguém”.
Se pensávamos que os chineses nos vinham financiar obras como Aeroportos, Estádios de futebol, Edifícios governamentais, Estradas, Barragens, etc., etc., sem interessantes contrapartidas… desacreditemo-nos:
Querem madeiras (e rápido);
Queiram peixe (do mar e das albufeiras) e outros recursos marinhos;
Querem soja e outras oleaginosas;
Querem carvão e outros recursos minerais.
Em todos estes negócios vamos continuar a ter "facilitadores" ligados ao poder político e de Estado.
Vamos lá a ver se entendi bem.
ResponderEliminarA madeira é colhida nas províncias do norte;
transportada para o Malawi (de camião provavelmente);
e daí para a longínqua, muito distante, RSA, também de camião, provavelmente;
e atravessa pelo menos o Zimbabué;
para depois ser transportada para a longínqua China, em navios de grande calado.
Estou só a fazer CONTAS às margens financeiras, aos lucros líquidos, que devem proporcionar estas operações, atendendo aos meios envolvidos e seus custos operacionais.
Concluo que deva valer a pena!
E por aí podemos TODOS calcular em quanto Moçambique é...
Melhor, quanto Moçambique perde.
Agora,
devo chorar, ou rir,
ou
ambas as duas coisas?
A LUTA CONTINUA.
O mais caricato e triste nesta história toda é que as nossas escolas / universidades não há carteiras para os nossos futuros quadros. Em Nampula e um pouco por todo o país ainda há escolas em os alunos sentam no chão. Pilete, que foi um dos mais destacados pedagogos da era moderna suponho, defendeu numa das suas obras sobre pedagogia que no processo de ensino e aprendizagem as condições escolares do aluno são indispensáveis para o sucesso escolar da criança e não só. Em relação ao saque da nossa madeira para a China e outros países no estrangeiro, diga-se a bom da verdade que o pior cego é realmente aquele que não quer ver.
ResponderEliminarUm abraço
Se perguntar não ofende, onde estão os nossos grandes patriotas ou madeira não do interesse nacional?
ResponderEliminarMe lembrei que há sempre 2 versões, pelo menos, de cada caso.
ResponderEliminarComo a moeda, tem 2 faces - cara ou coroa.
Então ocorreu-me.
Não estarão os "generais" patrioticamente a desbravar totalmente a mata nacional, as florestas, com vista a preparar as terras para a grande revolução verde, o patriótico combate à pobreza absoluta, mercê da expansão da agricultura, e aumentos revolucionários de produção.
Temos que dar o benefício da dúvida!!!
Francamente, já é tempo de parar com a manifesta xenofobia e falta de enfoque e análise da nossa imprensa e outras esferas do poder político... lá onde interessa manter o falso espírito nacionalista, quando o país está a ser vendido aos bocados, à sombra das ditas "parceiras inteligentes". Já cansa ler as parangonas dos "estrangeiros devastam as florestas" e outras baboseiras do género. É tempo de olhar para dentro, porque senão, os estrangeiros roubam a terra ao povo, devastam o carvão, poluem o Zambeze, levam as areias pesadas, o ouro, o camarão, processam alumina importada para exportar alumínio com energia importada depois de exportada, daqui a pouco também a energia de Mpanda Kkwa, mais as novas centrais a carvão que não serão certamente "clean coal", os hoteis do tão apregoado turismo, o algodão, o cajú e por aí fora. Amanhã serão as colónias de estrangeiros no Vale do Zambeze, sempre esse coitado rio de história. Será que os estrangeiros poderiam fazer tanto estrago se não estivessem autorizados por quem autoriza? Mais legalidade, menos legalidade? Isto me lembra passados em que as mercadorias eram as mesmas madeiras, o mesmo marfim, o mesmo ouro e os mesmos outros, os escravos de então, pelos mesmos uns, os senhores de então...
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