Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
30 junho 2009
E a Noventa?
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
333 trabalhadores é um número elevado! Quantos trabalhadores deve ter a tal empresa ao ponto de despedir 333 possíveis garantes da sustentabilidade de 333 famílias moçambicanas (normalmente com muitos membros no agregado familiar). É um caso inédito! Muito provavelmente a tal empresa está para decretar falência, visto que a indemnização a 333 pessoas, tendo em conta a Lei do Trabalho, requer somas avultadas.
ResponderEliminar A NOVENTA, é uma empresa cotada no AIM/ Alternative Investment Market, da Bolsa de Londres, NÃO é uma sociedade de direito moçambicano, logo, "não conversa" com o nosso Governo.
ResponderEliminarMAS, por um sistema de cruzamento de participações, é accionista maioritária da HAMC (Highland African Mininig Company), esta sim, sociedade de direito moçambicano que explora Marropino, logo, interlocutora do Governo.
Com a crise internacional, temos assistido, por todo o mundo, ao despedimento massivo de trabalhadores.
> Nos EUA onde o desemprego se situava abaixo dos 5% (económicamente = a +/- pleno emprego), ronda agora os 10%. Porque não somos uma "ilha", a crise económica mundial, consequência da crise financeira, TAMBÉM já nos entrou pela casa dentro... sem pedir licença: indisciplinada!!
Em boa verdade, só quem teima convencer-se que, como o Avestruz, escondendo a cabeça na areia deixamos de estar expostos aos perigos que nos rodeiam – neste caso, os efeitos de sermos parte dum mercado mundializado – pode admirar-se com despedimentos em sectores produtivos de matérias primas.
Ao que parece, como tantas vezes acontece, "um mal não vem só", a HAMC, para além dos problemas externos (quebra na procura e baixa de preço) também está bem "atulhada" com problemas ao nível da produção.
> A nossa Ministra dos Recursos Minerais, em entrevista às nossas TV´s já abordou esta situação concreta. Pareceu-me, nas entrevistas, perfeitamente ao corrente de tudo e empenhada em participar na resolução deste tipo de problemas.
Finalmente, creio não se tratar de situação semelhante à MOZAL, industria que tem apresentado lucros e, tudo leva a crer, vai continuar a apresentar, POIS, se é certo que baixa o preço de venda do alumínio no mercado internacional, também é verdade que baixa o custo da matéria prima importada, a alumina.
> No caso de Marropino, que, segundo a notícia, apresentou 32,5 milhões de dólares de prejuízo nos dois últimos exercícios económicos e vê as suas principais fontes de financiamento cortadas: “SECOU A TORNEIRA DOS DOLARES” (principal Banco financiador na falência) , nada mais há a fazer SENÂO indemnizar os trabalhadores nos termos da Lei e aguardar melhores dias para a readmissão dos que a exploração vier a justificar.
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PS: Ao pré-visualizar este comentário, deparei-me com o comentário anterior, do Nero, relativamente ao qual gostaria de referir.
1. Segundo a Ministra, todo o processo de indmnização de trabalhadores foi negociado e está assegurado;
2. Cumprida esta condição pela empresa (responsabilidade perante a Lei vigente), entendo que serão irrealistas, meramente "sentimentalistas" os comentários sobre os reflexos do despedimento nas famílias, etc., etc:
>> Quando as empresas cumprem com o legalmente instituído, a responsabilidade social passa para o Estado.
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Obrigado pelo esclarecimento. Entretanto, creio que a responsabilidade social do Estado pode se manifestar com anterioridade ao despedimento. Mais vale, creio eu, ter um salário mais baixo mas continuar a ter emprego, do que receber indemnização e ficar no desemprego, ainda por cima em época de escassez de vagas para empregos. Assim, poder-se-ia evitar os despendimentos se todos os trabalhadores consentissem sacrifícios e aceitassem a redução do valor do salário enquanto durasse a "crise". Sei que é discutível, nos EUA esta foi uma saída airosa e evitou despedimentos em massa. Aliás, se não fosse esta medida, talvez os depedimentos se situassem acima dos 10%.
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