
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 junho 2009
Administradores distritais e Presidência Aberta

7 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Salomao Moyana continua a "bater na rocha".
ResponderEliminarele pede para refletirmos, quando todo o sistema de educacao esta "montado" para formarmos em massa a "nao reflexao".
paradoxo?
nao.
terra da marrabenta.
Ao Salomão Moyana Muita força é de facto um jornalista não comprometido com o sistema, não é um jornalista que escreve o que convêm mas sim o que devia ser escrito pelos restantes orgãos de informação.
ResponderEliminarParabens Moyana.
Moyana é mais um dentre muitos que tocam a trombeta para fazer valer a sua voz. Pode ser que ele consiga furar a argamassa de aço daqueles que aconselham o presidente Guebuza a continuar com a sua forma de governar, mesmo quando o perigo das consequências estão a vista. Esta devia ser a coragem que muitos não têm, ainda que falassem a verdade de noite já era uma forma de reivindicar a favor do povo e pelo amor ao país. Quando o custo é maior que o resultado é bom que se desista da ideia de vender “peixes”, porque pode sair-nos demasiadamente caro. Outra coisa que não compreendo patavina, juro que não compreendo mesmo nada, é o facto da comunidade internacional nada dizer a este assunto, sabendo que é com o imposto dos seus povos que o nosso aparelho administrativo funciona em pleno. Estas acrobacias de gastos deve parar realmente, e já aqui disseram académicos, jornalistas, etc. Que haja presidência aberta mas de forma aberta e racionalizada.
ResponderEliminarUm abraço
Em períodos de pré-campanha eleitoral é utópico pedir aos políticos que actuem segundo as regras de Racionalide Económica.
ResponderEliminarHá sempre quem defenda que "os ganhos superam os custos da realização das presidências abertas" (Gustavo Mavie, AIM, Notícias, pág.4 de 02JUN09).
Vale a pena lembrar o 1º parágrafo deste artigo:
" TODAS as vezes que ouço certas pessoas pronunciarem-se contra as presidências abertas que têm sido feitas pelo Presidente da Republica Armando Guebuza, fico com a sensação de que os seus autores desconhecem o alcance político-económico desta forma peculiar de governação preconizada há 60 anos por Mao Tsé Tung, quando instava sempre os seus colaboradores a sairem dos seus palácios e aposentos, para irem até onde o povo vive, para com eles viver e ajudá-los a resolver os seus problemas."
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Será que o Mavie (excelente jornalista) acredita mesmo que estas visitas relâmpago, antecipadamente peparadas, são uma forma de viver os problemas do povo??
> Adoptando a sábia orientação de Mao Tsé Tung, a 1ª DAMA passou a visitar os distritos e alguns regulados, onde pernoita em tendas de campanha (apetrechadas com geradores e demais equipamentos, de modo a nada ficar aquém das tendas Kadafi)para conversas à volta da fogueira. Neste momento, lá anda pela Zambézia.
Bem, mas de uma coisa é certa:
> O povo fala, coloca problemas.
> Guebuza conclui: Burocratismo e corrupção emperram desenvolvimento (Notícias, 02JUN09, pág.3)
Citação: " Os problemas têm a ver com o burocratismo e corrupção. Mas não nos podemos julgar agora, antes de investigarmos melhor, mas há cidadãos que falaram e o seu discurso indica que temos problemas nessas áreas".
> Aqui para nós, que ninguém nou ouve:
1. Parece, de facto, um gasto desmedido para tão evidente conclusão.
2. Será necessário percorrer 118 distritos para, ouvindo SEMPRE as mesmas lamentações,
Guebuza se convencer que tem que responsabilizar os seus subordinados: Governadores, Administradores, Ministros, etc., pela situação.
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Para mim as "presidências abertas":
ResponderEliminar1.marcam um regresso aos métodos populares da luta armada de intervenção,auscultação e mobilização e que foram uma caracteristica do "samorismo" pós-independência.O PR foi e continua a agir como "comissário politico";
2.e são uma operação programada de mobilização do voto rural como forma de evitar a repetição do score mediocre obtido nas últimas presidenciais e que consiste em : distribuir recursos de forma populista; realizar/inaugurar grandes projectos que na maioria não têm impacto real para o camponês mas dão uma ilusão de que é por aí que a pobreza será combatida;e consolidar o papel de "chefe",acima de tudo e de todos,motor da máquina do Estado,simultâneamente presidente-chefe do governo-inspector.Gustavo Mavie faz uma comparação elucidativa com as práticas de Mao...É que as eleições no nosso país são decididas lá no campo e não nas cidades...
É preciso ver de que árvore cai o fruto esse jornalista. Excelente jornalista realmente (só não coloco o nome porque não tenho nenhuma credibilidade à fonte), mas nunca me pareceu ter uma independência mental em suas analises. Nunca o ouvi fazer um comentário contrário às ideologias da Frelimo. Para ele tudo vai bem. Há árvores cujos frutos não são necessários um abanão para que as mesmas caiam, não de amadurecimento, mas sim por estarem podres. Nunca coloquei em dúvidas os ganhos que a presidência aberta trás ao país, acontece que os mesmos são exíguos comparativamente aos gastos que ela acarreta. O país vive ou sobrevive de doações para manter a sua máquina administrativa a andar, mesmo depois das propaladas visitas não são tomadas nenhumas medidas para mudar o cenário, porque ao fim e ao cabo são camaradas de uma velha trincheira. Já agora um ditado macua diz: "medem-se as pernas em função do tamanho da esteira". Não podemos contrariar este adágio.
ResponderEliminarUm abraço
Bom, isso aí de escritas de Gustavo Mavie é apenas uma história. Muitos de nós sabemos como ele escreve e por vezes ele faz-me rir. Lembro daquela história de Mugabe para Portugal. Porque ele nao nos diz mais ou menos quanto é que cada Presidencia aberta custa?
ResponderEliminarSabemos que para além dos custos da sua viagem, são tantos trabalhadores que não produzem nada nos dias que ele está. Será que nos dias seguintes produzem o dobro.
Quem são os subordinados directos do PR? A quem ele pede contas em primeira instância? Ao governador e ministro ou ao administrador do distrito? Será que Guebuza não sabe quando os governadores e ministros estao nos distritos? Ou será que ele não sabe quando os governadores e ministros nunca saim aos distritos?