Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 maio 2009
Dhlakama e as multidões
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Eu dia desses, ainda em Maputo, disse para um amigo que o Dhlakama era um "macaco velho", pois ele mais do que ninguém sabe com quantos paus é que se constrói um barco. Para alguém que liderou uma luta armada de 16 anos não é de se menosprezar o mérito de ser um bom estratega. Lembro-me uma vez o então presidente da república, Joaquim Chissano, ter afirmado em plena luz do dia, na praça dos heróis moçambicanos que Dhlakama era o outro lado da história do país e que, por isso, deve ser respeitado. Tinha razão o presidente Chissano, a popularidade de Dhlakama não vai reduzir com o advento do MDM, pelo contrário, é a afirmação de um homem que é frontal e sabe bater-se com as ondas da vida. Chegou onde chegou justamente por ser um homem de uma grande convicção, doa isso a quem doer, é um facto.
ResponderEliminarUm abraço
Viriato Dias
"Para alguém que liderou uma luta armada de 16 anos não é de se menosprezar o mérito de ser um bom estratega."
ResponderEliminarE GANHOU A GUERRA.
Convém não esquecer este pormenor central.
Atingiu os seus objectivos.
"doa isso a quem doer".
Nao houve nada multidoes!
ResponderEliminaresse djaka nunca teve projecto politico.
nao chegara nunca a ponta vermelha.
deixem de ilusoes...
ja passaram mais de 16 anos
peixe maloa
Meus caros, deixemo-nos de fantasias: como é que se ganha uma guerra e não se assume o poder??
ResponderEliminarDhlakama e o Governo Moçambicano, aceitaram negociar a desistência da guerra (sem haver vencedor nem vencido no campo de batalha) e a realização de eleições livres, onde todas as formações políticas poderiam concorrer.
Foi o que aconteceu e, o voto popular tem vindo sistemáticamente eleger o partido Frelimo.
Se olharmos para trás, sem ressentimentos, com a cabeça fria, estou certo que a maioria de nós concluirá que, com todos os constrangimentos que temos suportado, o povo, a minoria que vota, tem-no feito com qualidade, tem escolhido (e certamente voltará a fazê-lo nas próximas eleições)o mal menor, que o mesmo é dizer: pragmáticamente, a melhor opção.
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AM