Bem, depois do "Savana", é agora a vez de "O País" de hoje, sempre a propósito da tentativa de "sabotagem" de Cabora Bassa. O eixo da peça - igualmente manchete no jornal - está nas declarações de um dos membros do grupo de quatro estrangeiros, Carlos Silva, dizendo que não pretendiam sabotar a hidroeléctrica, mas, antes, absorver a "energia negativa" através da orgonite (sobre o orgónio, confira aqui). O jornal não conseguiu encontrar o portal de George Ritschi, dado a conhecer aqui. O projecto da orgonite está avaliado em três milhões de dólares, segundo o chefe da operações da polícia no Songo. Finalmente, em caixa, o engenheiro químico Alberto Tsamba, da Faculdade de Engenharias da Universidade Eduardo Mondlane, surge a dizer que (1) a orgonite (produzida na base de resina de fibra de vidro, limalha metálica e cristal de quartzo) não pode corroer nem betão nem aço, (2) pode ser de fabrico caseiro e (3) muita gente acredita que absorve a energia negativa dado o seu elevado teor magnético, podendo o produto ter um efeito magnético sobre os geradores de energia eléctrica na barragem. Importa aguardar pelos resultados dos exames laboratoriais - afirmou Tsamba. (p. 2). Clique com o lado esquerdo do rato sobre a imagem para a ampliar.
Seja qual for o resultado, isto mostra que algo vai mal ou pessimamente mal naquele empreendimento. Assumindo a hipótese de ser verdade que a intenção erra melhorar o desempenho das turbinas, como pode então justificar-se a disconfinça? Será que uma intervenção de tal envergadura não seria do conhecimento dá liderança da área dos investimentos e de manutenção da empresa? Seria uma intervenção clandestina sem o conhecimento até do Conselho de Administração da empresa? Se era do seu conhecimento, como pode ter surgido suspeita? Será sinónimo de falta de comunicação interna sobre várias acções na empresa?
ResponderEliminarPor outro lado, assumindo que efectivamente a intervenção tinha um sentido maldoso, que interesse estará por detrás de tal intenção? Aqui importa perceber o contexto local, regional e internacional que poderia propiciar tal interesse, caso exista. Quem sairía a ganhar com a sabotagem e porquê? Será uma guerra pelo domínio de mercados energéticos regionais, apelando à uma concorrência selvagem de aniquilamento do adversário? Mas o adversário é mesmo adversário? Será fruto de alguma geopolítica selvagem?...
E se isto tudo for falso? Qual é a verdade?
O certo é que algo anda mal naquele empreendimento, sinais de multiplas desconfianças, desconforto entre várias culturas convergindo na produção eléctrica que não electriza as relações de forma saudável... O futuro o dirá.
Interessante também foi ver a reacção das pessoas contra os estrangeiros face à esta suspeita... Afinal muitos males andam ainda à flôr da pele...
sera sabotagem positiva?
ResponderEliminarJokas
Paula
Mas uma coisa é séria. Creio que a nossa policia tem que aprender que antes de falar tem que saber o que está a falar. Não se pode andar para ai a gritar que houve sabotagem, como nos bons velhos tempos quando a coisa até me parece de chalatães brincalhões, etc... Creio que assim temos a nossa policia ridicularizada aos nossos e aos olhos dos estrangeiros. O dano que se cria à policia e à sua imagem é muito grande. Em resumo: quanto maior o crime, maiores os cuidados que a policia deve ter antes de falar dele...
ResponderEliminarDe repente os "ofendidos" charlatães põe a nossa policia no tribunal e ainda teremos (com os nossos impostos) que indemenizá-los por os acusarmos de tão grave crime!