Outros elos pessoais

30 abril 2009

Presidente visita, coisas fazem-se

Anteontem coloquei aqui um trabalho escrito por Suizane Rafael do "Magazine Independente" mostrando, a propósito da província do Niassa, que só se fazem certas coisas quando o presidente da República viaja e vai lá onde as coisas deviam fazer-se regularmente. Agora é a vez se vos sugerir a leitura de um trabalho produzido pelo jornalista Aunicio da Silva do "Canal de Moçambique" sobre o mesmo tema, tendo a província de Nampula como referência: "Quando o chefe de Estado está para visitar alguma zona, a Administração Nacional de Estradas, ANE, manda reabilitar e/ou fazer a manutenção das vias que dão acesso aos mesmos pontos. Nunca se faz isso para os utentes. É sempre com medo que o presidente veja como se tratam as coisas deste Estado. Na província de Nampula, por exemplo, onde a partir do dia 2 de Maio próximo, o chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, vai efectuar a sua “presidência aberta”, algumas vias de acesso encontram-se em manutenção. Só agora.

6 comentários:

  1. Chama-se Marketing Presidencial,
    evita que o povo de manifeste desagrado ao presidente.
    cria-se satisfacao momentania e o presidente passa, associa-se a sensacao de algum trabalho do presidente, gera espectativa e ate retorno de muito curto prazo para as zonas que beneficiam da visita.

    algo habitual, normal, vulgar para quem ja devia estar habituado a campanhas de Marketing social descartavel. do tipo espectaculos musicais para prevencao do HIV com temas como Moboazuda acompanhada de cerveja de borla!

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  2. pode ser que o proprio presidente mande fazer isso ,para nao ter vergonha perante ao povo que paga imposto.é uma autentica mentira se disser que o estado das e4stradas nao é do conhecimento do presidente.ele tem em cada provincia , distrito o seu representante politic ( secretario permanente)que ele transmite todas informacoes com algum impacto politico na regiao.
    ou entao pensam que quando a populacao oferece cabritosd ,galinhas ,etc o presidente deixa de imaginar que a fome nas localidades

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  3. As obras de manutencao de estradas comecam depois do periodo chuvoso. Nas condicoes socio-economicas de Mocambique seria uma autentica cretinice fazer manutencao de rotina entre Novembro e Marco. Iniciar as obras em fins de Abril, periodo seco, parece-me muito sabio.

    Viriato Tembe

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  4. Concordo com o que o Kimmanel diz. Guebuza manda fazer isso nas vias onde passa. Armando Guebuza não quer ouvir a voz de críticos nas suas visitas. O exemplo vivo é a exposicão da Zauria Adamo que mesmo pela rádio notou-se que não a quis ouvir.

    Viriato Tembe, é um outro enganador e agora sinto mal por lhe faltar o mínimo de escrúpulo. Sinto-me MUITO MUITO MAL em ouvir um que quer ser visto bom cidadão a contar histórias que as estradas de Niassa e Nampula estão em plena reparacão porque é tempo seco. Agora o Viriato mostra o que é ele na verdade. Mais do que cidadão, ele é Frelimo.

    Oh Viriato, queres que eu te fale da história das estradas da província de Nampula? É isso que queres?

    Só para confrontar contigo, Viriato Tembe de quem já me sinto muito ofendido, peco que me traga à discussão a Margarida (Adamugi) Talapa, Mário Viegas, Vasco, Luciano Augusto, Luciano de Castro, Eduardo Nihia, Alberto Vaquina, entre outros. Estes senhores são meus conterrâneos apesar de eu não alinhar ao que eles alinham (frelimismo - a eta Frelimo me refiro claramente). Também me valem porque comigo não vão aos contos do Viriato Tembe.

    No futuro, quero saber se eles alinham com o Viriato Tembe ou com a verdade.

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  5. Reflectindo alistou um conjunto de nomes, alguns de pessoas conhecidas e outros nem tanto. Nao ficou claro porque o OFENDIDO alistou essas personalidades todas. Eles trabalham nas obras publicas, caro OFENDIDO? Ou o OFENDIDO pensa que eles sao meus bradas e eu posso convence-los a particiipar em debates da blogosfera.

    Mantenho o que disse, a manutencao de estradas em Mocambique, em todas as provincias inicia-se em Abril. As razoes sao mais do que obviads.

    Nao consigo perceber como uma afirmacao tao FACTUAL, susceptivel de ser testada possa ser OFENSIVA. Desconhecia que o OFENDIDO se zangasse por tao pouco.

    Viriato Tembe

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  6. Caro Viriato,

    Fiz para ti essa lista de gente do teu lado (Frelimo) e que poderia ser mais longa para, estando a falar das estradas de Nampula não estejas a falar com que não conheceste, conheces e conhecerás. Já há mais de um ano, aqui e no Reflectindo escrevi sobre a questão de estradas e transpotes em Nampula.
    Repito, pessoas como Margarida (Adamugi) Talapa, Mário Viegas, Vasco Moreira, Luciano Augusto, Luciano de Castro, Eduardo da Silva Nihia, Alberto Vaquina podem cantar o teu hino contigo, mas comigo dizem outra coisa por saberem que o que dizes não é verdade. NÃO É VERDADE, NÃO.
    Nas zonas rurais e pelas estradas intransitáveis hoje, até 1975 passavam regularmente autocarros (vulgo machimbombo), a título de exemplo, de Abel dos santos Rito, Constantino, João Ferreira, Arlindo, etc, etc. Andavam em todo o ano, período chuvoso como seco.

    Sinto-me muito ofendido por ti porque queres enganar o mocambicano desconhecedor da história das nossas estradas.

    Já é tempo para sermos sérios. Tu como frelimista, tens que ser sério no teu partido. Isto que estamos a discutir aqui tem que servir para questionares alguns discursos políticos no seio da Frelimo. O mesmo faco eu no meu partido em primeiro lugar, e ao GOVERNO que é de todos nós. (rsrsrsrs sou o quê)

    Continuo a dizer que me sinto muito ofendido pelo teu discurso, pois cada vez mais que enfrento problemas de transicão só me recordo quando de Memba a Alua, de Nacala-a-Velha a Micone, Muecate, Nacaroa, de Monapo a Corrane, Meconta a Corrane, etc não era problema. Bastava planificar.

    Meu caro Viriato, vamos trabalhar e duramente. Deixemos de viver do luxo em nome da mentira e pobreza de tantos. TODOS nós temos, é trabalhar. Sinto-me muitíssimo mal quando comparando as estradas entre o período colonial (até 1975)e pós independência, o último seja desgraca. És tu, sou eu, é o Serra, somos nós que não fizemos nem fazemos algo para melhorar.

    Temos que discutir as coisas com uma certa seriedade.

    P.S: muitos dos que apontei, até podem ser mais achegados meus que teus. Sabias que em Nampula permitimos a democracia multipartidária???? Convide a eles para interagirem connosco e assim terias feito parte da tua cidadania.

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