Outros elos pessoais

11 abril 2009

Oportunismo

A "palavra de ordem de momento" em Cabo Delgado tem a ver com a "crise financeira mundial". O jornalista Pedro Nacuo apercebeu-se das vantagens políticas de semelhante bicho: "A consequência imediata é que o termo começou a ser prostituído que chegou nas nossas casas como piada. Tudo o que falta (e sempre faltou), lenha, carvão, água, caril, é culpa da crise mundial. (...) É por isso que hoje é normal as direcções provinciais reunirem os seus funcionários para falar da crise mundial, volta e meia, o respectivo director não sabe o que é isso na verdade, e em que medida Moçambique, ou seja, Cabo Delgado, se sente mexido ou mexe com um problema daquele tamanho, nascido há poucos meses, para justificar tudo o que não conseguimos fazer em todos estes anos. O que é que um administrador distrital diz, quando convoca uma reunião ou um comício para falar da crise mundial, o mesmo que quando estamos juntos, já em particular, não consegue desenvolver uma conversa de quinze minutos sobre essa tragédia que se está a abater contra a humanidade? Agora são os chefes dos postos administrativos que vão às aldeias falar da crise mundial. Acaso sabemos o que é que vão lá dizer? E como dizem?"

1 comentário:

  1. ESTE ESTILO E GOVERNAÇÃO NÃO É NOVO, É UM " DÉ JA VU ". é o estilo peculiar do Comissário politico. Quem é das gerações pós independcia de certeza que se lembra das reuniões em cadeia por oredens do partido. Desde o ministério até ao chefe de posto para explicar o discurso dO Camarada presidente ou de uma palavra de ordem recem inventada no extenso vocabulario revolucionario. A Hsitoria repete-se, presumo que agora se trata de uma directiva do partido para em ano de eleiçoes se poder explicar aos súbditos de que a promessa por cumprir fica adiada devido a crise. BEM HAJA A CRISE, O PAI DE TODAS AS DESCULPAS!

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.