Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
16 abril 2009
Mais um que escapou ao linchamento
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
prof.
ResponderEliminarVivo numa zona suburbana(Matola Rio), onde malfeitores foram apanhados pela população encaminhados a esquadra, dias depois foram libertos pela polícia..
PS. Para dizer a população não confia nos orgãos da Justiça deste país, e muito menos da polícia pois há muita corrupção no seio destas instituições.Assim acabam fazemdo JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS!!!!!!!!!!!
estas notícias - a realidade... - são horríveis. e aterroriza-me igualmente a noção de mal-menor, o espancamento vs linchamento.
ResponderEliminaracompanho o viver na medida que a distância permite, ou seja de forma deficiente por muito impressionista que seja a aguarela onde me debruçe, e na blogosfera esta é das galerias onde melhor me sento para olhar ...e pensar. interrogo-me sobre a dupla demissão que este fenómeno simboliza: o de Estado enquanto assegurador duma aceitável segurança pública e regulador social, e da sociedade que - assim o leio, na constante - "banaliza" quer o ímpeto justiceiro e o excesso radicalizado no mesmo. isto dói-me, magoa-me, e interrogo-me nos aléns inerentes e suas nascentes. poluídas? será. desde montante, daí este assustador jusante - primeira ilacção. o nascimento de "vigilantes", "vingadores", "justiceiros" tem sempre no ovo o relaxe do cu que o pariu. o aí popularmente falado "deixa andar", igual ao de cá e tantos cás e lás, sim, mas bem agravado, penso. nem sei mais que dizer. horriza-me pensar que o meu vizinho, os meus pacatos vizinhos, podem transformar-se em assassinos via um incidente criminal de pilha-galinhas ocorrido no bairro. é assustador e daí o horrível epíteto.
:(
há uns dias (ainda esta semana) a TVM mostrou casos de pessoas que atropelam, fogem e dias depois são libertas, mesmo antes do julgamento. Outras que diziam ter dado dinheiro à policia para que os familiares fossem libertados, por terem cometido acidentes ou terem se envolvido em problemas com vizinhos. Isto é criminalidade por todos lados, a começar pelas autoridades. Assim fica dificil as pessoas confiarem nos orgãos de protecção ou da justiça!
ResponderEliminarAcho que é preciso fazer-se algo para corrigir estas situações. Se não os linchamentos não vão acabar professor! E isto é um perigo, porque posso estar a passar com uma pedra à noite, e alguem gritar que roubei e serei linchado! Este é o medo que eu tenho. Temo por mim, por meus filhos e por outros familiares... Mas também tenho medo da policia que longe de fazer o seu trabalho, so pensa em ganhar vantagens de tudo, despojando todos que pode!
Estamos perante um fenómeno que, creio, se tornou endémico. Propus algumas medidas para prevenir os linchamentos quando intervi na recentemente terminada conferência sobre criminalidade, violência e linchamentos no país, vamos a ver o que vai suceder.
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