
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
20 abril 2009
Boicotes à conferência da ONU sobre racismo

4 comentários:
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são algumas das consequências de se politizar a vida. intelectualmente, fico decepcionado com a posição de obama. recordo-me que na escolha do clérigo que iria proferir a oração da sua investidura - provocou polémica por o mesmo ser anti-gay - disse ele que as pessoas podiam não concordar com o seu ponto de vista (clérigo) e estavam livres de assim decidirem, mas que essa era a melhor forma de se dialogar, sabendo ouvir o outro. gostaria agora de entender que critério é que utilizou para que os eua liderassem o movimento boicotista. porquê é que não se pode discutir o tratamento dos palestinianos nas mãos dos israelitas? porquê é que não se pode abrir o debate sobre os verdadeiros números do holocausto? porquê é que o presidente iraniano não pode discursar? para um organismo que se pretende todos sejam iguais, há muita dose de hipocrisia. desculpem-me o desabafo
ResponderEliminarEu respeito os pontos de vista dos outros.
ResponderEliminarA Frelimo não chegou de me contagiar.
Mas também posso expressar o meu.
É que ficaria muito desiludido se Obama não tivesse tomado a posição que tomou.
Porque para mim, Obama sempre seria mais 1 presidente dos USA, como foram muitos dos seus antecessores.
Qual a diferença então?
Ele é um democrata, e Bush, o termo imediato de comparação, é um republicano.
Apenas os símbolos dos partidos esão trocados para o caso:
Obama seria o elefante, e Bush, o asno, o burro...
Mas tal simplificação é enganosa.
A longa história de presidentes dos USA, tem muitos presidentes de ambos os ditos partidos, bons.
E é com esses que Obama já com mandato(s) feito(s) vai ser comparado.
Porque melhor do que Bush, a maioria de nós o seria...
Depois os USA não são uma monarquia absoluta, nem mesmo constitucional.
E Obama, presidente dos USA, está lá para defender os interesses dos USA, e dos seus aliados.
E a política dos USA não muda de um dia para o outro.
Os métodos sim.
Os objectivos não.
E Obama já avisou que tinha 1 pão numa mão, e 1 pau na outra.
Se assim for, de facto, temos homem.
caro umbhalane,
ResponderEliminardesculpe-me responder apenas hoje ao teu comentário. recordaste-se que o slógan da campanha de obama era "hope" e que se pautaria por uma nova forma de governar? pois, é justamente nesse quadro que faço a minha crítica. o que significa uma nova forma de governar?
Caro Bayano Valy
ResponderEliminarOs estados, países, pessoas, têm interesses.
É lógico que prossigam a execução dos mesmos, e desde que legítimos, com métodos e processos adequados à sã convivência internacional, no caso vertente.
Obama já modificou concretamente, com práticas, algumas das políticas dos USA.
Veja-se o caso de Guantánamo, a abertura a Cuba, …, e o reconhecimento da ineficácia do boicote à mesma – o regime continuou o mesmo, mas o povo cubano ficou reduzido à miséria, pagou a factura – os métodos dos USA foram errados.
Já está a rectificar…
Os USA como a ainda maior potência mundial, democrata, única mesmo hiper potência mundial, democrata, sublinho, DEMOCRATA, têm que ter uma força moral e do exemplo por aquilo que possui e PRATICA.
O acervo moral dos USA tem que estar acima de críticas, nomeadamente e principalmente da UE, Canadá, Austrália, Japão e de alguns países da América Latina e África.
A sua liderança compartilhada tem que ser aceite, pelo menos por estes.
Penso ter-lhe respondido à questão da nova forma de governar já implantadas nos USA, os métodos e seus processos, com efeitos práticos já visíveis tanto nos USA, como no mundo.
Quanto às suas interrogações anteriores, tudo é passível de discussão, não de imposição:
- porquê é que não se pode abrir o debate sobre os verdadeiros números do holocausto?
Não é muito importante saber se morreram cerca de 6 milhões, 4,9, 5,1, ou 6,7 milhões.
É mesmo irrelevante o número preciso.
Política, história, não são matemáticas puras!
E para quem NEGA ter existido o extermínio de Judeus (presidente do Irão), ainda menos relevante parece.
Isso é apenas uma manobra de diversão para destruir consensos, diálogo, negociações e ficar a falar sozinho.
Conseguiu.
E a clientela interna, a mais atrasada, ficará com um móbil para se distrair da pobreza a que foram conduzidos.
Ganhou a intolerância face ao laicismo.
- porquê é que não se pode discutir o tratamento dos palestinianos nas mãos dos israelitas?
Pode, e deve.
Mas também se pode, e deve, discutir o tratamento dos israelitas às mãos dos palestinianos.
É preciso dialogar, negociar, exercer a diplomacia.
Calar as armas.