Outros elos pessoais

03 março 2009

Presidente condena linchamentos

De acordo com o "Notícias" de hoje, o presidente Armando Guebuza condenou os linchamentos em curso no país, tendo afirmado: “Não podemos pactuar com estas práticas. No Estado de Direito democrático que estamos a construir não deve haver espaço para elas. Se tivermos em linha de conta o envolvimento de crianças e jovens como participantes ou testemunhas oculares, telespectadores, rádio-ouvintes ou leitores de relatos sobre estes abomináveis e repugnantes actos podemos antever o tipo de personalidade que poderá emergir destes nossos compatriotas, futuros actores de desenvolvimento e líderes dos destinos no país”, disse o presidente." Segundo a "TVM", "O Chefe de Estado alertou sobre o caso de indivíduos de conduta duvidosa que fazem justiça pelas próprias mãos para depois alegar embriaguês, incitação por terceiros e frustrações na vida, pondo em causa a cultura moçambicana."
Comentário: se tivermos que pensar nos linchamentos por acusação de feitiçaria - com bem menos visibilidade nos mídia -, o quadro torna-se bem mais complexo.

3 comentários:

  1. Plenamente de acordo com a posição do Presidente Guebuza. Aliás,como Chefe de um Estado de Direito não podia ter outro posicionamento.

    Porém, como Chefe de Estado e do Governo, compete-lhe criar condições para que a Infraestrutura de base para o desenvolvimento económico e social de qualquer país - o aparelho de Estado - funcione: os ministérios económicos, a justiça, a polícia, etc.

    Se assim não for, as palavras do Chefe de Estado não passarão de intensões! O Chefe de Estado e do Governo não pode apenas ALERTAR, tem que RESOLVER.

    Os linchamentos e o AVIVAR das crenças são alguns dos EFEITOS de uma mesma CAUSA, o subdesenvolvimento: olhemos para os nossos telejornais, para a miséria humana que grassa no país real, onde vive a grande maioria da população.

    As mortes por acusação de feitiçaria, lá na aldeia ou suburbio da localidade ou cidade; no distrito ou nas capitais provinciais, chegam ao conhecimento da autoridade comunitária, da polícia e das autoridades administrativas, que, muitas vezes, dada a fragilidade da estrutura do aparelho de Estado de Direito,

    ...actuam como "tribunal arbitral" acomodando compensações aos familiares das vítimas a troco da liberdade dos executantes e sua reintegração social.

    AM

    ResponderEliminar
  2. Fixei, em particular, os seus dois últimos parágrafos. Obrigado.

    ResponderEliminar
  3. Boa e oportuna a intervencao do presidente, mas acho que deve fazer mais. Do mesmo jeito que energicamente tem falado do combate a pobreza, onde todos os outros dirigentes abaixo fazem coro, devia repudiar estas práticas nos vários comícios da presidencia aberta, é lá onde está a populacao que nao tem acesso a TV, rádio. A actividade de educar nunca termina.

    LM/

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.