Do relatório citado no número 1 desta série: "Há dois tipos principais de tráfico de partes do corpo humano: 1) Tráfico de órgãos para transplantes 2) Tráfico de órgãos e partes do corpo para práticas tradicionais prejudiciais e, mais especificamente, para feitiçaria. Tornou-se claro com esta pesquisa que as partes de corpo não são traficadas com o objectivo de serem usadas para transplantes entre Moçambique e a África do Sul. Há numerosas entrevistas nesta pesquisa, nas quais os informantes testemunharam partes de corpo a serem transportadas em sacos, embrulhadas em folhas, escondidas dentro de caixas com carne, na bagageira do carro, dentro de uma panela numa paragem táxi, entre outras. Nenhum destes métodos de transporte é conducente para transplantes. Um informante que trabalha com assuntos de tráfico na fronteira entre Moçambique e a África do Sul resumiu: "Não há maneira de saber o que eles iam fazer com esses órgãos, ou o que é que aconteceu aos corpos das vítimas. Uma coisa que temos a certeza é que não são para transplantes".
"As etnografias antropológicas sociais têm documentado histórias de homicídios muti na África Austral desde 1800 e as pesquisas mostraram que os incidentes de homicídios muti aumentam em tempos de stress económico e político. A prática é comummente associada a feitiçaria. Os homicídios muti são largamente conhecidos por ocorrerem na África Austral embora nenhum país tenha feito relatórios exactos sobre esta prática."
(continua)
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