Hoje aproveitei ruar e avenidar (vamos lá, deixem-me neologizar a partir de rua e avenida) por esta enorme, bela e assimétrica São Paulo onde me encontro uma vez mais. É sempre para mim uma tortura chocar a cada momento com multidões, como cidadão abomino-as, como estudioso do social adoro-as. Então, depois de muitos e muitos metros ruando e avenidazando, encontrei, na Praça da República, uma loja com o nome Mãe África design. Olhem, ali há África, pela estatutária, pelas capulanas, por todo um mundo de vestuário, pelos livros e, também, por muito da arte de aeroporto. Mais tarde foi a vez da Companhia de Leitura, não fixei a rua, ali se bebe um belo café acompanhado de uma barrinha de chocolate (é como se estivesse em Paris, que tanto amo também) e ali há livros do nosso continente (Angola lá, mas não Moçambique, fiquei triste), ali - vejam lá - pude fumar o meu cachimbo sem o sombrio aviso do interdito e da lei. Fiquei a saber que dois exemplares do último livro de Nelson Mandela (cujo título ignoro) foram rapidamente vendidos. Obrigado a todos os que me deram explicações e obrigado ao simpático senhor do Companhia de Leitura que, tão afavelmente, me falou do Brasil e da sua alma africana e que irá ler esta postagem. Obrigado, igualmente, à gentil pessoa que me ajudou a tirar as fotos em epígrafe.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
11 fevereiro 2009
Africanas coisas boas em São Paulo
Hoje aproveitei ruar e avenidar (vamos lá, deixem-me neologizar a partir de rua e avenida) por esta enorme, bela e assimétrica São Paulo onde me encontro uma vez mais. É sempre para mim uma tortura chocar a cada momento com multidões, como cidadão abomino-as, como estudioso do social adoro-as. Então, depois de muitos e muitos metros ruando e avenidazando, encontrei, na Praça da República, uma loja com o nome Mãe África design. Olhem, ali há África, pela estatutária, pelas capulanas, por todo um mundo de vestuário, pelos livros e, também, por muito da arte de aeroporto. Mais tarde foi a vez da Companhia de Leitura, não fixei a rua, ali se bebe um belo café acompanhado de uma barrinha de chocolate (é como se estivesse em Paris, que tanto amo também) e ali há livros do nosso continente (Angola lá, mas não Moçambique, fiquei triste), ali - vejam lá - pude fumar o meu cachimbo sem o sombrio aviso do interdito e da lei. Fiquei a saber que dois exemplares do último livro de Nelson Mandela (cujo título ignoro) foram rapidamente vendidos. Obrigado a todos os que me deram explicações e obrigado ao simpático senhor do Companhia de Leitura que, tão afavelmente, me falou do Brasil e da sua alma africana e que irá ler esta postagem. Obrigado, igualmente, à gentil pessoa que me ajudou a tirar as fotos em epígrafe.
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Carlos, você participará de algum evento como palestrante aqui em São Paulo ou está fazendo somente uma visita? Se for a primeira opção nos avise, caso seja possível ser ouvinte.
ResponderEliminarAbraços
Farei visitas de trabalho ao IBCCRIM (farei uma intervenção aqui em Agosto, por ocasião do 15 seminário internacional) e ao NEV da USP.
ResponderEliminarAh o NEV, conheci um pessoal que trabalhava lá. Estudo ao lado na ECA.
ResponderEliminarruar e avenidar ? sabe, adorei estes seus neologismos. Acho que vou adopta-los ! lembro que um dia ouvi uma entrevista do escritor Antonio Tabucchi , meu nacional, na RTP, tinham-lhe perguntado quais as palavras que ele, como Italiano ,amava, na lingua portuguesa, e ele respondeu que adorava a palavra "engonhar". Eu adoptei logo ao istante, pois também amei muito, mas hoje quero adoptar ruar e avenidar.
ResponderEliminarAvenidar....a língua portuguesa às vezes faz sonhar, não faz?
Parabens pelo seu blog
Il Conte