Surgem nos períodos eleitorais, como cogumelos, emitem comunicados, fazem declarações solenes, alugam quartos editoriais no "Notícias". Falo dos pequenos mas barulhentos partidos ditos da oposição, espartilhados entre a Frelimo e a Renamo. Objectivo: apanhar um lugar solene na Assembleia da República. Nos tempos tentavam desesperadamente apanhar boleia da Renamo. Mas esta decidiu alijar carga, até porque os resultados eleitorais não lhe têem sido famosos. Pouco a pouco, foram e vão encostando-se à Frelimo. O trajecto que vai do Ripua do Pademo - o Homo Ripuensis -, passa pela estrela circence do Yá-Qub Sibindy - o Homo Sibindycus com seus turbantes e capulanas, presidente do Pimo - e termina, agora, no Mabote do Partido Trabalhista - o Homo Maboticus -, é, sem dúvida, permeado pela mais insigne vassalagem migratória, mas uma vassalagem cada vez orientada para um só lado. E quando mais próximos estivermos das eleições deste ano, maior será a curvatura da espinha, mais densa a indigência discursiva.01 janeiro 2009
Vassalagem migratória
Surgem nos períodos eleitorais, como cogumelos, emitem comunicados, fazem declarações solenes, alugam quartos editoriais no "Notícias". Falo dos pequenos mas barulhentos partidos ditos da oposição, espartilhados entre a Frelimo e a Renamo. Objectivo: apanhar um lugar solene na Assembleia da República. Nos tempos tentavam desesperadamente apanhar boleia da Renamo. Mas esta decidiu alijar carga, até porque os resultados eleitorais não lhe têem sido famosos. Pouco a pouco, foram e vão encostando-se à Frelimo. O trajecto que vai do Ripua do Pademo - o Homo Ripuensis -, passa pela estrela circence do Yá-Qub Sibindy - o Homo Sibindycus com seus turbantes e capulanas, presidente do Pimo - e termina, agora, no Mabote do Partido Trabalhista - o Homo Maboticus -, é, sem dúvida, permeado pela mais insigne vassalagem migratória, mas uma vassalagem cada vez orientada para um só lado. E quando mais próximos estivermos das eleições deste ano, maior será a curvatura da espinha, mais densa a indigência discursiva.1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Eu estava dizendo que não concordava ao que Miguel Mabote afirma em relacão o multipartidarismo em Mocambique. Acho ser mais uma desculpa para justificar a a falta de vontade de muitos, falta de seriedade por parte de muitos políticos, académicos para a implementacão de uma democracia multipartidária forte em Mocambique. O PT andou por exemplo a reboque da Frelimo ora a dizer que estava a fazer estudo sobre a criminalidade mas não para fortificar o partido. O problema está aí.
ResponderEliminarO multipartidarismo serve sim para o país e em muitos pontos do país está enraizado. Mabote devia pegar nos resultados eleitorais das autarquicas e confirmaria que em algumas províncias, o multipartidarismo é um facto. Há outras que deviam merecer um estudo profundo e sem tabu pela dificuldade de penetracão do multipartidarismo.
A outra questao que Miguel Mabote devia reflectir sobre é a vitória de Daviz Simango sobre os candidatos da Frelimo e Renamo. Acho que esta vitória dá-nos entender que a democracia multipartidária serve também ao país e é indispensável.
Por último, sugiro que todos os políticos leia o seguinte livro:
http://www.idea.int/publications/pp_africa/upload/Africa_report_inlay_final.pdf
O livro está na net (online) e se houver dificuldades de se baixá-lo que me contactem.