Outros elos pessoais

21 janeiro 2009

Tanzanianos pilham a nossa madeira

Ouvia um belo programa da Rádio Moçambique (RM) desde as 20 horas de hoje, a propósito da construção da ponte sobre o Rio Rovuma, província de Cabo Delgado. Um dos entrevistados pela RM manifestou a sua preocupação pelo facto de os Tanzanianos estarem literalmente a pilhar a nossa madeira, transportando-a ilegalmente para a Tanzania ou deixando-a, cortada, no mato. A RM rastreou um camião carregado de madeira a caminho desse país. Contactado o administrador de Mueda, este disse que, de facto, isso era verdade, mas que a fronteira era imensa, os recursos escassos, os fiscais poucos, que era preciso contar com o apoio da população, que se trabalhava no sentido de inverter a situação, etc.
Adenda: o discurso do administrador é comum e sistemático, como comum e sistemático é o discurso de certos directores sobre o corte abaixo da média oficialmente estabelecida. Um dia, como já tantas vezes aqui disse por outras palavras, teremos apenas a memória das nossas florestas e um fio de saudade safardana a escorrer pelo que quisemos ser. Entretanto, recorde aqui.

1 comentário:

  1. Não nos livramos dos bandidos tanzanianos e chineses...

    É a madeira, é o peixe...

    Várias espécies marinhas como tubarão, algas marinhas, atum e peixe de gamba estão a reduzir consideravelmente na costa moçambicana, devido à pesca ilegal por embarcações estrangeiras, predominantemente, da China, segundo Augusto Nhampule, director nacional adjunto da Administração Pesqueira, instituição dependente do Ministério das Pescas.

    Nhampule estimou em cerca de cinco biliões/ano de dólares americanos os prejuízos causados aos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) pela pesca ilegal, “praticada por asiáticos, em destaque chineses”, realçou, falando ontem, terça-feira, ao Correio da manhã á margem do Segundo Fórum da África Austral e Oriental de Luta Contra a Pesca Ilegal, a terminar hoje, quarta-feira, em Maputo.

    A maior parte dos casos regista-se a partir do Norte da província de Inhambane até Cabo Delgado “e as espécies mais procuradas estão a reduzir consideravelmente, mas não podemos falar já na sua extinção”, referiu Nhampule, respondendo a uma pergunta do jornal sobre se a pesca ilegal estava a criar condições para o desaparecimento do pescado mais procurado.

    Quanto aos prejuízos financeiros causados pela prática, tanto Nhampule quanto o vice-ministro das Pescas, Victor Borges, disseram que Moçambique ainda não está em condições de determinar, “porque não temos meios suficientes para contabilizar as quantidades do pescado transaccionado ilegalmente, contrariamente ao que se passa noutros países da região e no mundo”, realçou Borges.

    Um representante do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), presente no encontro de Maputo, estimou em cerca de 12 biliões de dólares americanos os prejuízos causados pela pesca ilegal no mundo.

    (F. Saveca) CORREIO DA MANHÃ – 21.01.2009

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.