Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
31 janeiro 2009
Sida e curandeiros em Moçambique
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Aconselho a leitura dum artigo do excelente Jornalista e Contista, Fernando Manuel, na sua coluna Tanglomanglo (Savana, 30/01/09, pág.7), donde, com a devida vénia destaco: …
ResponderEliminar “Eu também já tive a minha idade de crendice. Nem poderia ser de outra forma: cresci no campo, no seio de pais e vizinhos e tios e avós que acreditavam piamente na explicação de tudo que estava fora do seu alcance da sua racionalidade pela via do sobrenatural e, porconseguinte, dos curandeiros, visto que só estes é que tinham o dom de interpretá-lo e com ele dialogar.
“Depois despi definitivamente essa pele. Ainda fui a tempo, porque a idade e a instrução mo permitiram. O mesmo não aconteceu com os meus pais. E foi assim que perdi a minha primeira namorada, a Safira”.
O Jornalista Fernando Manuel é um exímio contista – brinda-nos semanalmente com sínteses de temas sociais profundos por ele observados ou vividos, sempre com um inteligente humor: “saber de vivência feito”.
Que dúvidas mais subsistem sobre curandeirismo e subdesenvolvimento? ….” Ainda fui a tempo, PORQUE A IDADE E A INSTRUÇÃO MO PERMITIRAM…”
AM
Obrigado, tb ali e amei. Falo da história da água congelada... Por isso e apanhando a sua boleia, vou aqui inserir o trabalho na íntegra. Obrigado.
ResponderEliminarE o Estado? A Ametramo? Onde andam? Onde anda aquele (Estado) que deveria proteger os cidad\aos mais vulneraveis? Agora quanto a Ametramo, eu acho que eles ate deviam ter um nome que os caracterizasse melhor ou seja: EUTETRAMO...
ResponderEliminarAkuna Matata
Eutetramo....Bela palavra!
ResponderEliminarEstes curandeiros, em alguns momentos, sao um instrumento de desabilizacao da saúde pública, principalmente quando estes estao numa sociedade "des-sociedada". Como as questoes de etica e liberdade de impressa deixam publicar que x ou y curandeiro cura HIV/Sida? Se estao identificados os que curam porque o estado nao os leva a provar suas capacidades? Como a mensagem de prevencao e combate a várias epidemias vai chegar as populacoes e ser acatada se há muito ruido no meio, por estes curandeiros que exercem um poder muito forte na sociedade?
ResponderEliminarAcho que devia se repensar em novos critérios de acreditacao de curandeiros.
Algumas vezes esta actidade dos curandeiros também é exercidade por algumas igrejas aqui da praca, outros a quem se devia tambem repensar nos critérios de acreditacao. Por favor, quem de direito, reveja o que andam a fazer com a sociedade? É muito difícil perceber como alguem têm poderes mágicos para a cura de doenças incuráveis? Será que mesmo alcancam a cura ou é mais uma forma de auto-emprego numa sociedade de taxas altas de desemprego onde se precisam emprendedores, mas querem-se honestos por favor.
Tema complexo e delicado...
ResponderEliminarO exercício dos curandeiros deveria ser controlado de forma apertada para punir aqueles que enganam os incautos, os quais, em desespero muitas vezes, recorrem aos seus serviços.
ResponderEliminarTambém as suas tabelas de preços deveriam ser controladas. É inadmissível que os valores cobrados pelos serviços prestados sejam tão altos que levem os doentes a endividar-se para poder assegurar o tratamento.
Quanto ao texto de Fernando Manuel é, como sempre, delicioso e um belo retrato do quotidiano.
Paula Araujo
Sao textos bem escritos.Eu gostaria de ter um historial de nyamussoro"curandeiro".Porque estou agora em mexico é para escrever algo sobre a dança dos nyamussoros.Se possivel os instrumentos que eles usam para kufemba.
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