Outros elos pessoais

24 janeiro 2009

No fio da navalha: Africanos à busca da Europa (3)







Eis o fim da série, com a foto do topo mostrando um imigrante africano seguindo com atenção um programa de televisão dedicado a Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.
Abandonando as suas terras natais, dezenas de milhar de Africanos - homens, mulheres e crianças -, tentam todos os anos, em meio a múltiplos perigos, chegar à Europa à procura de refúgio, de asilo e de emprego. Muitos percorrem milhares de quilómetros para, depois, de candongueiro em cadongueiro, de malandro em malandro, serem colocados em barcos e atingirem as Ilhas Canárias ou a pequena Malta. Muitos não sobrevivem às viagens. Fotos reproduzidas com a devida vénia daqui. Obrigado ao Ricardo - meu abnegado correspondente em Paris - pelo envio da referência, Ricardo que me perguntou quando os fotógrafos moçambicanos fazem o mesmo trabalho em relação aos refugiados zimbabweanos.
(fim)

7 comentários:

  1. Que tristeza em tão belas fotografias...

    ResponderEliminar
  2. E Triste o k se passa ak na europa com os emigrantes clandestinos. Hoje em Italia estao retidas m de 700 emigrantes clantistinos prontos pra serem despachados pra os seus paises de origem.Ak em Franca so no ano passado foram detidos e recambiados pra os seus paises perto de 30 mil o k deixou o PR Sarkozy MUITO satisfeitos p o seu ministro ter consiguido ultrapassar as metas.
    Hoje a EUROPA ja n é nenhum elo dourado COMO muitos imaginam,Ainda mas dificil fica com esta crise k se vive hoje.
    Os governos da Espanha e da Franca Chegam mesmo a disponibilizar grandes somas de dinheiro pra ajudar os k desejaram regressar por livre vontade.
    PORTUGAL esta em recessao, e este é m um motivo pra n receberem os clantistinos.
    Nestes tempos o MELHOR E MESMO FICAR EM CASA.

    ResponderEliminar
  3. Prof. obrigado por ter trazido este assunto ao blog.

    É bom pensarmos todos no que impele essas largas dezenas de milhares anuais de desesperados da vida a procurar a Europa.

    O tráfego a que são sujeitos - e por quem?

    Os riscos de vida, muito reais, muito concretos, que assumem no seu desespero.

    E muitas vezes, ao chegarem, o sonho se desvanece com o recâmbio para a origem.

    Mas o cerne é - o que os impele nesse movimento, tantas vezes suicidário?

    ResponderEliminar
  4. É a pobreza mesmo, Umbhalane. E tempos muito difíceis se aproximam para os africanos, para os que partem e para os que ficam, de um lado ou de outro do Mediterrâneo. A actual crise vai deixar rasto em todo o lado.
    Este é o maior fenómeno de fluxos de migração em todo o mundo que deve merecer a atenção dos políticos, das ong's, dos académicos, das confissões religiosas.
    Quando a Europa se apresenta como o oásis do bem estar e a África não resolve os problemas sociais dos seus povos, o resultado só podia ser este.
    Hoje tive a oportunidade de fazer, de comboio, a viagem Sintra-Lisboa-Sintra e notei, sem espanto, que grande parte da população nesta área (entre as Mercês e Lisboa) é africana (muitos serão já portugueses, seguramente). Desejo-lhes o melhor. Também eles, ou os seus pais, um dia, vieram atrás de um sonho.
    Paula

    ResponderEliminar
  5. Uns com tanto outros com tão pouco... se antes era escravatura, agora o que lhe chamamos?

    ResponderEliminar
  6. A questão levantada pelo umBhalane merece um debate profundo: "o que os impele nesse sentido?".

    Se não entendermos "o que os impele nesse sentido", estaremos condenados a não entender, também, o subdesenvolvimento no NOSSO PAÍS.

    As políticas económicas e sociais africanas, incluindo as nossas estão desajustadas da realidade de hoje e das expectativas para o amanhã, em termos de proporcionar a TODOS condições de vida com dignidade: alimentação, saúde, habitação, escolaridade.

    AM

    ResponderEliminar
  7. Exactamente, não podemos comecar em analisar a situacão dessa gente em África? Não podemos assumir a nossa parte primeiro? Não podemos reflectir sobre o impacto dessa migracão para a própria África?

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.