Quatro mulheres foram detidas sob suspeita de estarem à retaguarda do incêndio intencional das tendas de um centro de atendimento para doentes de cólera, aberto nos arrebaldes da cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado. Há indicações de que o incêndio tem a ver com a crença de que os serviçcos de saúde estão a introduzir intencionalmente a cólera no local (Rádio Moçambique, noticiário das 12:30).Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
08 janeiro 2009
Cólera e crença
Quatro mulheres foram detidas sob suspeita de estarem à retaguarda do incêndio intencional das tendas de um centro de atendimento para doentes de cólera, aberto nos arrebaldes da cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado. Há indicações de que o incêndio tem a ver com a crença de que os serviçcos de saúde estão a introduzir intencionalmente a cólera no local (Rádio Moçambique, noticiário das 12:30).14 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Professor
ResponderEliminarQuero fazer-lhe referência a alguns artigos (do Savana e do Zambeze), que não constituem comentário a esta notícia. Como é que isso se faz? Tem um email ou uma via semelhante aqui através do blog, por favor?
Obrigado
L.S. Kudjeka
Perdoe-me, mas não entendi...
ResponderEliminarEu quero referir-lhe alguns artigos (no Zambeze de hoje e no Savana de hoje que contém aspectos que achei muito importantes, sobre outro saasuntos que não constituem comentário a este seu post, pelo que não seria aqui o lugar certo para isso. Para onde é que lhe posso enviar essas referências?
ResponderEliminarEstá bem. Eis o meu email:
ResponderEliminarcarlos@zebra.uem.mz
e perdoe-me uma vez mais, não ter compreendido.
Por quem é! Obrigado. Mando-lhe um email em seguida.
ResponderEliminarSeria fundamental para uma pedagogia da cidadania que fosse feita prova da acusação e que, caso infundada (o que parece evidente), os delatores fossem acusados de difamação.
ResponderEliminarPaula Araujo
O problema é, por vezes, bem complicado. Muitas vezes expressamos reivindicações através de uma linguagem errada ou aparentemente irracional, tal como verifiquei quando, anos atrás, estudei a crença em Nampula de que a cólera era objectivamente introduzida para matar as pessoas.
ResponderEliminarA nossa tendência de racionalizar leva-nos muitas vezes a descobrir reivendicações onde elas não existem. Assisti, uma vez a uma peça de teatro em Nampula sobre como se evita a cólera. Numa das passagens se dizia que eram muito importante misturar COLORO em água para a tornar própria para beber. A maneira como se pronunciava essa palavra COLORO (cloro) era muito próxima da maneira como pronunciavam cólera.
ResponderEliminarPortanto, não se percebia muito bem ser era misturar cloro ou cólera na água.
As nossas línguas nacionais têm muitas confusões destas. Principalmente em palavras acentuadas ou em aquelas em que duas consoantes estão juntas. O acento não se pronuncia. E no mei das consoantes coloca-se uma vogal.
Na verdade, para grande parte dos falantes das línguas moçambicanas cloro e cólera são palavras muito próximas. Portanto, a hipótese de as pessoas estarem a estabelecer uma confusão genuína não deve ser excluida. Nem todas as coisas devem ter uma explicação complexa.
Sem dúvida as palavras são uma chatice toda simples, vejam lá que criam problemas. O resto não interessa, a vida é palavra, né? Escrever também é simples e mais palavras, né?
ResponderEliminarPovo escorrega no cloro e prontos é burrinho quem lhe manda ser irracional e esquecer que proximidade é mesmo distancia? Mesmo, Boaventura.Lol.
ResponderEliminarO senhor Boaventura/Sara/Tivane/Bila/Facotrav/CS está a fazer uma confusão danada. Pronúncia errada duma língua estranha não é burrice. Talvez o seja na sua cabecinha. O povo de Moçambique é mais sábio do que você julga. É tão sábio que se quisesse reivindicar por desagravos políticos/sociais não ia queimar duas tendas de um hospital.
ResponderEliminarQuem anda a chamar burro aos moçambicanos é você sob vários nomes
que moçambicanos são esses que chamam outros da mesma nacionalidade de burros pela simples causa de não saber pronunciar bem a língua(mesmo conhecendo as dificuldades que o pais tem).< não sei se a pessoa cujo comentou sobre isso vive a mesma realidade que eu vivo> como o velho ditado diz, o burro e' o ignorante. "pitcha"
ResponderEliminardesde quando não saber pronunciar algo e ser burro e irracional. estude bem as línguas, e verás que há línguas mais complexas, onde neh o propio PGD consegue falar certo, exemplo a língua chinesa, boa notificação sr "pitcha"
ResponderEliminarPobre de espírito que nem percebe de ironia. Ámen.
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