Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 dezembro 2008
Zimbabwe e Mugabe
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Esta postagem sobre as observações de Nkomo, há mais de 20 anos, vem bem a propósito do ponto que defendi sobre o racismo do negro contra o preto, exibido por Mugabe da forma mais perversa que nem Nkomo imaginou. Defendi este argumento em reacção à postagem de Elísio Macamo, “Um problema bicudo” (03.12.2008), no seu Blog “Ideias Críticas” (http://ideiascriticas.blogspot.com/).
ResponderEliminarO argumento sobre o racismo negro-preto não agradou a Elísio Macamo. Muito menos outros que partilhei, a partir de um draft inacabado intiulado “Mugabe é fixe! O mérito de uma coragem despudorada”. Até este momento a referida postagem recebeu 22 comentários. Talvez não mereça receber mais comentários, pois as balizas estabelecidas pelo blogista reveleram-se menos abertas à crítica do que inicialmente parecia. Continuo a ter esperança que Mugabe se mantenha igual a si mesmo e, enquanto se mantenha no poder, não perca nenhuma oportunidade para forçar os que não têm a sua coragem mostrarem o que realmente pensam e sentem. Recordo aqui o meu comentário final, relativo ao “problema bicudo” de Macamo:
“Estimado José,
Depois desta sua síntese, acrescentar algo mais seria mera ruminação intelectual. Vamos esperar para ver. Qual das duas soluções propostas por Tutu irá contribuir para a libertação do desafortunado Zimbabwe das duas cóleras de que padece presentemente: a cólera do fascismo político e a cólera, doença diarreica aguda, recentemente declarada e fomentada pela primeira.
Cumprimentos
AF
Ontem Mugabe declarou que já não há cólera no Zimbabwe. Ele é mesmo fix! Mas como não disse que a diarreia aguda tenha acabado, em último caso, em vez de cólera, chamemo-lhe apenas diarreia. Essa, sem dúvida, continua, ao nível político e fisiológico. Até quando?
A ver vamos.
AF
Será sempre difícil aceitar que existe um racismo sem raça. Mas será sempre fácil e aprazível externalizar as causas do que se passa no Zimbabwe. Ainda há dias o Gustavo Mavie fê-lo com denodo, no "Notícias".
ResponderEliminarRacismo sem raça?! Pelo menos do ponto de vista etimológico isso não faz nenhum sentido.
ResponderEliminaré triste e feio quando usamos nomes improprios para agravarmos uma situaçäo. Existem muitos nomes, dependendo da situaçäo, para apelidar a repulsa de um individuo de uma certa raça pelo outro da mesma, mas chamar à isso de racismo nem poetizando fica bem. usem regionalismo, etnocentrismo, etc. que säo também nomes feios tal como o racismo, mas mais aproximados à situaçäo de negro conta negro.
ResponderEliminarNeste caso, nem sei porque é que li no primeiro comentàri as palavras: negro contra preto. Serà que quando se trata da raça humana, existe alguma diferença entre negro e preto, ou trata-se de uma desculpa para a existência do nome Racismo entre pessoas da mesma raça?
Os Judeus europeus foram vítimas de racismo, tanto por parte dos Alemães, como por parte dos Russos Soviéticos, bem recentemente, e a eram tão ou mais brancos do que os seus algozes.
ResponderEliminarO racismo é tranversal a todas as raças, todos os continentes, todos os credos,...em maior ou menor grau.
Ignorar isso, é permitir o seu incremento.
O racismo não é propriedade dos brancos, a patente também não.
Portanto...
Se näo estäo afim de investigar, continuem confundindo os termos.
ResponderEliminarDos teimosos aprecio distanciar-me.