2. Aqui estão, em seu doce caminhar e expôr, elas e eles, fogosos uns, habituados outros. Os mais jovens estão na crista do espanto e da conquista, elas afoitas em seu esperar, eles avançadores em seus jeitos de apresamento: cada passo, cada gesto, cada silhueta de ser no entre-dois, é uma aposta na descoberta, no novo, na expectativa do ainda não sentido. Pelo contrário, os mais velhos, esses exibem o hábito, nada resta a não ser a repetição, o viço é a vestimenta de cada coisa, o cansaço a proa da vida. Roupas pesadas e quentes, ícones erógenos cobertos ou descaídos, barrigas salientes, calvícies sonoras, cabelos pintados, gestos iguais, nada surpreende, tudo é conhecido. O combóio não mais se espanta com os carris.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 dezembro 2008
Espantar-me na rua (11)
2. Aqui estão, em seu doce caminhar e expôr, elas e eles, fogosos uns, habituados outros. Os mais jovens estão na crista do espanto e da conquista, elas afoitas em seu esperar, eles avançadores em seus jeitos de apresamento: cada passo, cada gesto, cada silhueta de ser no entre-dois, é uma aposta na descoberta, no novo, na expectativa do ainda não sentido. Pelo contrário, os mais velhos, esses exibem o hábito, nada resta a não ser a repetição, o viço é a vestimenta de cada coisa, o cansaço a proa da vida. Roupas pesadas e quentes, ícones erógenos cobertos ou descaídos, barrigas salientes, calvícies sonoras, cabelos pintados, gestos iguais, nada surpreende, tudo é conhecido. O combóio não mais se espanta com os carris.
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
o espantar-me com o "Eu" nestes dias festivos :
ResponderEliminarPantufas, pijama, lareira , musica clasica e Eugénio de Andrade..:)
O mais longe possivel da confusão..
Lisa