O brasileiro Ademario Ribeiro escreveu-me dizendo-se apaixonado pelas línguas africanas, dizendo que pesquisa também na internet sobre as línguas de Moçambique, mas que "são muito escorregadias as fontes que encontrei na Internet." E enviou um poema que dedica a Yeda Pessoa de Castro, "uma estupenda biblioteca/griô das línguas africanas!":Muana, muana:
Kulayllai!“Criança (negra):
Há muito tempo atrás!”-
Kulayllai!“Criança (negra):
Há muito tempo atrás!”-
Lá no murundu
Vovó e vovô
Plantaram guandu
E tudo o que é raiz,
fulorô!!!
Vovó e vovô
Plantaram guandu
E tudo o que é raiz,
fulorô!!!
Inda há verde rama
E ôlho d’água
No fundo do quintal.
Moça que me ama
Esmaga minha mágoa
No moinho do beiral!!!
...Muana, muana...
E ôlho d’água
No fundo do quintal.
Moça que me ama
Esmaga minha mágoa
No moinho do beiral!!!
...Muana, muana...
Hoje tem farofa com guandu
Munguzá, vatapá, caruru.
Hoje tem histórias de saci,
Capoeira, batucajé,
Tem moças na lundu
O que mais quiser!!!
Munguzá, vatapá, caruru.
Hoje tem histórias de saci,
Capoeira, batucajé,
Tem moças na lundu
O que mais quiser!!!
Assim, não vamos dizer:
Kosi, kosi, kosi!
Raiz e rama vão prosseguir
Olho d’água nos valer:
- Agô! Agô! Agô!
Kosi, kosi, kosi!
Raiz e rama vão prosseguir
Olho d’água nos valer:
- Agô! Agô! Agô!
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