Observação: seria interessante ter um dia uma equipa de pesquisadores moçambicanos a fazer um trabalho similar entre nós...
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
11 outubro 2008
Que tal estudarmos a nossa grande burguesia?
Observação: seria interessante ter um dia uma equipa de pesquisadores moçambicanos a fazer um trabalho similar entre nós...
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
.. ..concordo pleanamente com a tua ideia .... seria bastanate interessante
ResponderEliminarO Jason Sumich já começou, e com resultados extremamente interessantes, até pelos particularismos da construção das altas elites moçambicanas, que são simultaneamente políticas, económicas e sociais e são cada uma delas por serem, também, as outras duas...
ResponderEliminarEnquanto o livro não é editado, há dois artigos interessantíssimos, no número da Análise Social sobre Moçambique (à venda na Livraria Escolar e com download gratuito no site do ICS) e no Journal of Southern African Studies.
Claro que, como em todos os temas, quanto mais bons investigadores a investigarem, melhor.
Mas, de facto, o acesso a esse grupo (será que é classe? que é camada?) deve ser muito mais fácil para um norte-americano que estava a doutorar-se em Oxford do que para um moçambicano ou (nem pensar!) um português.
Muito obrigado pela informação, Paulo. Vou já ver a coisa!
ResponderEliminarPostei algo.
ResponderEliminarPaulo Granjo,
ResponderEliminarI agree with you that there are two types of research: good and bad.
I thought that this classification was accepted in Mozambique.
Your comment appears to indicate that, that is not always the case.
Why couldn't a good researcher, from Brazil, India, Mozambique, Portugal, etc, undertake a good research project in Mozambique ?
In your opinion, what could be done to minimize such handicapping situations ?
Mozambique needs more good research, not less !
Caro Sir Baba:
ResponderEliminarA sua vidente facilidade de comentar o que foi escrito em português evita-me a necessidade do esforço de tradução.
Creio, no entanto, que lhe escapou um pormenor: uma frase concordava com a vantagem de que mais bons investigadores estudassem o tema, enquanto outra, independente dessa, dizia que é muito diferente a dificuldade de "entrar" nesse terreno muito fechado.
Independentemente das enormes capacidades do meu amigo Jason (cruciais, neste aspecto), a própria leitura do artigo lhe permitirá compreender por que razões a sua nacionalidade e origem académica foram vantagens para aceder a esse meio fechado, em comparação com o que aconteceria com um moçambicano ou, muito pior ainda, um português como eu.
Não atribuí qualidades intrínsecas a nacionalidades ou à universidade onde se estuda (conheci vários imbecis de Oxford, de Cambridge e das melhores universidades norte-americanas, a par de gente excelente).
Mas uma pesquisa é, também, uma negociação de interesses entre as duas partes envolvidas; e, quanto mais poder se acha ter colectivamente e quanto mais consciência se tem de que a continuidade desse poder também depende, em termos individuais e para o futuro, de relações com estrangeiros de determinados países e com determinados perfis, mais aberto se estará a trocar possíveis vantagens futuras que possam vir dessa relação pela "entrada" no nosso restrito meio social e conversas.