Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
14 outubro 2008
O que se deve fazer a um ladrão? (respondem crianças do ensino primário)
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Triste ... eh de pequeno que se torce o pepino ... A educacao comeca em casa ... O povo mocambicano esta a tornar-se num povo violento e com qualidades morais questionaveis (desculpem pela generalizacao).
ResponderEliminarAprendemos com mentes inocentes que o crime paga e aprendemos com mentes inocentes que o crime se paga com a vida.
Entao se meliantes nao nos tornamos (de forma fisica-rudimentar ou intelectual-sofisticada) assassinos com titulo de povo discontente nos afirmamos.
Mais uma vez ... Triste
Aquando dos ataques xenofobos ca na Africa do Sul, muitas foram as chamadas de gente amiga que recebi a questionarem o meu estado ... e expliquei-lhes que o caso nao deveria ser generalizado uma vez que tal acontecia so em zonas perifericas ... mas meus amigos nao entenderam e deram variados nomes aos nossos vizinhos que cometeram actos orrendos ... eu tambem tava triste.
Mas mais triste eh cometelos contra um irmao ... tirar a vida a outrem sem remorso - como se diz em ficcao - a sangue frio. E justifica-lo com a falta de resposta a seus gritos por socorro a quem de direito.
Mas uma vez ... Triste
PS: E esses ladroes tambem, porque eh que ainda terrorizam T3, se la existem terroristas maiores do que eles imaginam
e os inocentes ... (sem palavras)
Laude Guiry
Por outras palavras: devemos interrogar-nos não apenas sobre os linchadores em si, mas sobre os potenciais de mentalidade linchatória existentes.
ResponderEliminarO desenho é mesmo assim, ou está ao contrário?
ResponderEliminarSeria possível termos a indicação da classe frequentada pelas crianças e/ou da idade nas próximas postagens?
ResponderEliminarO desenho é mesmo assim...7. classe, disciplina de Ciências Sociais.
ResponderEliminarPerdoe-me, a imagem estava ao contrário, agora está bem. Obrigado.
ResponderEliminarDe facto, "mentes precocemente armadas"!
ResponderEliminarEm todo o caso, tenho vindo a reflectir sobre este problema, desde que falámos, e há uma dúvida enorme que me tem assaltado: são estas crianças, ou são as crianças?
Tentei passar em memória, conversas com os meus filhos, hoje já adultos. Lembro-me que as poucas conversas em que divergimos mais fortemente, ás vezes quase ficámos zangados, tinham a ver com a falta de "relativismo", de tolerância, dos jovens. As minhas crianças, talvez não pendurassem o putativo ladrão na árvore, mas não o deixavam "bem tratado", seguramente!
E isto faz-me pensar, relativamente a esta hipótese, se não valeria a pena tentar repetir este exercício num outro contexto, socio-culturalmente diferente, e ver até que ponto as respostas seriam "radicalmente" diferentes.
Acha que vale a pena? Em caso afirmativo, acho que tenho algumas ideias.
Excelente pergunta e excelente proposta! Podemos e devemos pensar nisso. E, já agora, creio ter lançado o repto aí, na Faculdade de Direito: trabalhos desse tipo a serem feitos por vós. Contem comigo. E sempre.
ResponderEliminar