
Na sua edição desta semana, o semanário "
A verdade" reporta que na Escola Secundária de Chicuque, cidade da Maxixe, província de Inhambane, reina "grande confusão" (sic). Por quê? Porque os encarregados de educação que são
Testemunhas de Jeová não deixam os seus filhos cantar o hino nacional, dado que o seu credo lhes interdita "adorar símbolos, figuras ou pessoas estejam elas vivas ou mortas". Por isso a direcção da escola lançou contra eles o que o jornal chama "ofensiva", obrigando os alunos a cantar o hino nacional. Os alunos que se recusam a fazê-lo, são impedidos de assistir às aulas, havendo por isso muitos casos de alunos com muitas faltas. Um responsável da igreja afirmou que, numa tentativa de contemporização, os alunos cantavam o hino com a "boca fechada", dado não serem obrigados "a produzir sons audíveis". Nada feito para a escola: é preciso haver "sons audíveis" (sic) (p. 9).
É antigo o problema com as
testemunhas e remonta já à era colonial. Os Portugueses produziram muitos relatórios de inquietação política sobre eles. E na nossa era revolucionária, as
testemunhas foram pura e simplesmente colocadas em campos de reclusão na alta Zambézia.
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