
Enquanto isso, o "UOL" brasileiro, em despacho de ontem, escreve também sobre o que chamou "queimadas descontroladas", mas avança com mais dados. Por um lado, citando o director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, João Ribeiro, acrescenta, na destruição, 15 postos de energia, nove igrejas, três escolas e quatro salas de aula. Por outro, cita a administradora de Gondola, Catarina Diniz, dizendo que as queimadas "têm sido provocadas por caçadores de roedores cuja carne é apreciada pela população local, enquanto "Dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia dão conta que, nos últimos dias, a região centro de Moçambique tem sido afetada por ventos fortes, mas as práticas usadas pela população para caçar as ratazanas têm sido apontadas como principal causa da ocorrência de queimadas."
Nenhum dos órgãos referidos apresenta o ponto de vista das comunidades locais.
Temos, assim, um mesmo drama em dois órgãos de informação, com ingredientes apresentados de forma diversa e incompleta.
Adenda: "Um estudo inédito realizado por Kevin Tansey, cientista da Universidade de Leicester, no Reino Unido, mapeou os pontos de terra calcinada em todo o mundo. O resultado é surpreendente: cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados de mata queimada por ano - área maior do que a do território da Índia."
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