Outros elos pessoais

29 agosto 2008

A "hora do fecho" do "Savana"

Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "A hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com a "A hora do fecho" desta semana:
* Finalmente o banco dos bancos parece ter posto de lado o papo dos altos custos dos bancos comerciais e quer passar à prática para o povão ter a vida mais facilitada. Uma das medidas que está em curso é tentar uniformizar um serviço nacional de ATM (operações automatizadas) em que os utentes de todos os bancos podem ir a uma mesma caixa disponível e as casas comerciais poderem fazer débitos a partir de uma única maquineta no balcão. Ganham os utentes, o comércio e os bancos mais pequeninos ...
* Os ventríloquos da maçaroca tiveram grandes dificuldades em explicar a exclusão de Comiche por 53 camaradas seus. Quer na espectaculosa, quer na estatal, os moços de serviço sofrerem um verdadeiro KO.
* As “primárias” da Frelimo também causaram outras quedas. Os edis dos municípios críticos, como Chimoio e Pemba também foram afastados. O homem do Chimoio bem tentou resistir dizendo que tinha o apoio das bases. Na cidade do turismo há um aduaneiro que quer disputar o martelo. Dos finados diz-se que já tinham o destino marcado.
* Como o destino também estava traçado para o antigo “boss” da organização dos empresários. O homem não teve mesmo chance na vila que faz fronteira com a Suazilândia.
* Como acontece habitualmente nestes casos, circulam grandes teorias conspirativas para explicar a queda de Comiche. Uma delas desenterra o famigerado caso BCM e o seu irmão que foi ali administrador. Nas próximas semanas vão certamente surgir mais teorias. SMS que foram apelidados de “subversivos” pelo “lambebotismo” apelam a manifestação de apoio para o actual timoneiro da Praça da Independência.
* Na Beira também continuam as conspirações para tentarem desalojar a todo o custo mano Deviz. Na última iniciativa, tentaram aliciar o homem do Acordo de Roma para dividir etnicamente o eleitoral e abrir alas ao patrão local ... da maçaroca.
* Não houve conspiração mas há um verdadeiro dilúvio em Cabo Delgado depois da passagem por lá do Tsunami 2. Dizem que parecia que se tinha voltado aos tempos dos grupos dinamizadores. Os fiscais que foram despachados para Pemba andam numa roda vida a passar multas a torto e a direito, ameaças de prisão e até de expulsão para desrespeito às normas laborais. Funciona politicamente para as massas mas é um mau sinal para os investidores ...
* A morte do inditoso primeiro timoneiro da nação continua a alimentar paixões e tomadas de posição. Mamã Graça, habitualmente contida, deu um bofetão no coronel do grande rio. Agora um piloto de linha deitou mais umas achas na fogueira. Os “tovarich” que tripulavam o TU-134A não tinham os papéis apropriados. Vamos ver a próxima dica ...
* Mano Guebas apanhou mais uns cabelos brancos pelas terras dos manhambanes. O pessoal que se abotoou com os “sete bis” ainda só deu de volta 5%. Se a mola fosse bancária era falência pela certa ...
* Com HCB à distância da palma de uma mão, há constantes apagões nas terras quentes dos nyungués praticamente sempre à mesma hora. Cahora Bassa é mesmo nossa.
* “Este (último) Governo que eu tive foi o pior na história…” Robert Mugabe, falando terça-feira num almoço por ocasião da tomada de posse do novo parlamento do Zimbabwe. Comentários para quê?
Em voz baixa
* Com tantos elogios a Comiche pelos seus camaradas, aceitam-se propostas para novas tarefas a partir de Dezembro, depois de entregar as pastas do município ...

4 comentários:

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.