Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "Na hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com a "hora do fecho" desta semana:* A projectada vivenda dos herdeiros reais da Holanda na Ponta Torres na Ilha da Inhaca continua a animar os jornais do país dos diques e dos moinhos de vento. A imprensa dá conta que o Partido Socialista local exige uma investigação para saber se houve saguate pago a funcionários moçambicanos para se obterem terreno e licenças.
* Quem anda expedito e pelos vistos lê os jornais é o Estado-Maior do ministério das pescarias. Esta sexta-feira está programado grande conclave para as bandas da Matola para tentar resolver a grave crise dos armadores pesos-plumas. Sorte para todos.
* Vida de escriba continua difícil. Os homens do grande rio foram atirados para o banco dos réus em velocidade estonteante porque questionaram a nacionalidade da nossa PM. Um pequeno juiz, candidato a ditador de pacotilha, decidiu discricionariamente que o julgamento tinha que ser à porta fechada e uma lei ainda mais retrógrada, de 1991, do tempo da guerra e dos “bandidos armados” permitiu ao ministério público invocar alegada difamação como uma ameaça à segurança de Estado. Aconselhamos os advogados de defesa a ler com atenção a Constituição de 2004 para darem um KO técnico aos homens das togas.
* O governador que é visto como tendo dado cabo dos farmeiros zimbaboers em Manica, inspirado pela “governação aberta” do seu grande chefe, está acampado no parque dos leões e elefantes junto à barragem que deve dar água para produzir etanol. O homem, a sua corte de directores provinciais e os respectivos 4x4 esperam curtir as ajudas de custo do erário público até sábado. Por esta e por outras o tal quadro da nação é um candidato sério a pior governador da era do cachimbo.
* Enquanto um grupo de moçambicanos continuam confusos entre selecção de talentos e um mero concurso de votos e telemóveis, os políticos da zona centro não brincam em serviço. O tal “talentoso” saído de um passatempo televisivo, teve direito a danças na placa do aeroporto do Chiveve e personalidades junto à escada do avião. As imagens televisivas mostravam duas enormes bandeiras do batuque e maçaroca enquadrando o cortejo automóvel até casa do candidato a valdomiro.
* Outro grupo de moçambicanos não queria acreditar no que viu num super-mercado em Singapura. Tio Bob, himself, fazendo o aprovisionamento da sua despensa, incluindo, arroz e mel. Como as agências noticiosas não falaram em tal viagem, uma investigação mais atenta indica que os nossos aliados chinocas explicaram polidamente ao velho ditador que não era bem vinda à cerimónia inaugural dos Jogos Olímpicos, apesar do veto que exerceram no Conselho de Segurança em Nova Iorque. Bob Mugas ficou-se pelo meio da viagem asiática e arranjou a desculpa de uma consulta médica em Singapura.
* “Estou ciente do sofrimento por que o povo do Zimbabwe tem passado. Estou ciente da violência que (o povo do Zimbabwe) sofreu durante os últimos meses, tenho conhecimento dos problemas que foram se acumulando durante vários anos. Temos que ver que contribuição podemos dar para a resolução destes problemas”. Palavras do presidente Thabo Mbeki antes de partir de Harare para Luanda quarta-feira. Mesmo assim, para um comentarista televisivo dominical, a crise zimbabweana só reside na mente dos escribas. O que reforça a teoria de que os deals com a elite predadora e assassina de Harare são mais supremos que o bem-estar do povo daquele país. Só se pode desejar ao comentarista boa sorte, e que os verdes ensanguentados lhe continuem a chover na conta!
Em voz baixa
* O governador da terra dos cabritos, aparentemente por causa do sol, não se cansa de citar o cachimbo nos seus discursos. As más-línguas dizem que o senhor é uma autêntica caixa de ressonâncias. As eleições estão à vista e todo mundo quer renovar, mesmo que isso custe resvalar para a obediência canina.
* Quem anda expedito e pelos vistos lê os jornais é o Estado-Maior do ministério das pescarias. Esta sexta-feira está programado grande conclave para as bandas da Matola para tentar resolver a grave crise dos armadores pesos-plumas. Sorte para todos.
* Vida de escriba continua difícil. Os homens do grande rio foram atirados para o banco dos réus em velocidade estonteante porque questionaram a nacionalidade da nossa PM. Um pequeno juiz, candidato a ditador de pacotilha, decidiu discricionariamente que o julgamento tinha que ser à porta fechada e uma lei ainda mais retrógrada, de 1991, do tempo da guerra e dos “bandidos armados” permitiu ao ministério público invocar alegada difamação como uma ameaça à segurança de Estado. Aconselhamos os advogados de defesa a ler com atenção a Constituição de 2004 para darem um KO técnico aos homens das togas.
* O governador que é visto como tendo dado cabo dos farmeiros zimbaboers em Manica, inspirado pela “governação aberta” do seu grande chefe, está acampado no parque dos leões e elefantes junto à barragem que deve dar água para produzir etanol. O homem, a sua corte de directores provinciais e os respectivos 4x4 esperam curtir as ajudas de custo do erário público até sábado. Por esta e por outras o tal quadro da nação é um candidato sério a pior governador da era do cachimbo.
* Enquanto um grupo de moçambicanos continuam confusos entre selecção de talentos e um mero concurso de votos e telemóveis, os políticos da zona centro não brincam em serviço. O tal “talentoso” saído de um passatempo televisivo, teve direito a danças na placa do aeroporto do Chiveve e personalidades junto à escada do avião. As imagens televisivas mostravam duas enormes bandeiras do batuque e maçaroca enquadrando o cortejo automóvel até casa do candidato a valdomiro.
* Outro grupo de moçambicanos não queria acreditar no que viu num super-mercado em Singapura. Tio Bob, himself, fazendo o aprovisionamento da sua despensa, incluindo, arroz e mel. Como as agências noticiosas não falaram em tal viagem, uma investigação mais atenta indica que os nossos aliados chinocas explicaram polidamente ao velho ditador que não era bem vinda à cerimónia inaugural dos Jogos Olímpicos, apesar do veto que exerceram no Conselho de Segurança em Nova Iorque. Bob Mugas ficou-se pelo meio da viagem asiática e arranjou a desculpa de uma consulta médica em Singapura.
* “Estou ciente do sofrimento por que o povo do Zimbabwe tem passado. Estou ciente da violência que (o povo do Zimbabwe) sofreu durante os últimos meses, tenho conhecimento dos problemas que foram se acumulando durante vários anos. Temos que ver que contribuição podemos dar para a resolução destes problemas”. Palavras do presidente Thabo Mbeki antes de partir de Harare para Luanda quarta-feira. Mesmo assim, para um comentarista televisivo dominical, a crise zimbabweana só reside na mente dos escribas. O que reforça a teoria de que os deals com a elite predadora e assassina de Harare são mais supremos que o bem-estar do povo daquele país. Só se pode desejar ao comentarista boa sorte, e que os verdes ensanguentados lhe continuem a chover na conta!
Em voz baixa
* O governador da terra dos cabritos, aparentemente por causa do sol, não se cansa de citar o cachimbo nos seus discursos. As más-línguas dizem que o senhor é uma autêntica caixa de ressonâncias. As eleições estão à vista e todo mundo quer renovar, mesmo que isso custe resvalar para a obediência canina.
O tal vencedor do show de "talentos" (Gatoma)que tem como padrinho de baptismo o vencedor do premio de "quem mais votou"(Bulha)!...
ResponderEliminar...Interessante esta do "Bob Mugas" (desconhecia esta variante) a abastecer-se de arroz em Singapura ...Não que não tenha direito ...
ResponderEliminarMas, quanto ao motivo da visita, não sei, mas tenho duvidas que a presença de "Bob Mugas" na China pudesse acanhar os seus comparssas chineses ...
Este artigo tem a data 27-Maio-2008, e fala de uma ida do "Mugas" a Singapura, para um "check-up" relacionado com um (outro) cancro (não o causador da maluquice) de que ele padece ...
V.I