Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
21 julho 2008
24 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Ganda exemplo!
ResponderEliminarPorque será que não copiamos esta prática?
Pois é mesmo! Nós por cá temos o partido Frelimo a rogar ao povo contenção no uso de combustíveis, e o governo Frelimo a deslocar-se com as suas comitivas de intermináveis motas e carros, a velocidades em que qualquer comum ficaria sem carta! Bem prega Frei Tomás...
ResponderEliminarHum, deve ser uma medida susceptível de duras úlceras gástricas.
ResponderEliminarCada país, cada pecualiaridade no combate aos custos...
ResponderEliminarhaha, imagino a cara dos ministros
ResponderEliminarSe fosse aqui os ministros faziam logo o seu tumultozinho seu 5 de Fevereiro.
ResponderEliminarÉ melhor não festejarmos essa medida porque não temos noção das regalias que esses ministros tem, talvez nem vão se aperceber que o salario baixou, por isso mesmo eu não congratulo a medida.
ResponderEliminarMaxango
Quanto ganha um ministro na Costa do Marfim. Em Moçambique o salário de um ministro anda perto dos 70.000 meticais (menos de 3.000 USD). Como se pode ver, é muito dinheiro mesmo!
ResponderEliminarPessoalmente conheço assistentes de programas de ONG's, de Organizações Internacionais ou de Embaixadas estrangeiras que ganham mais do que aquilo. E ainda bem que ganham esse dinheiro. Se há alguém disposto a oferece-lo porque é que os meus compatriotas iriam recusar?
Na senda das reduções, acho que os salários dos catedrátcos deveriam, também, ser mexidos. Eles, afinal, não ganham o salário de miséria que caracteriza a maioria do nosso povo.
Mavihane Tembe
Chegou ele, o tembe-khan.
ResponderEliminarDisse-nos o salario do ministro, mas quantas viaturas tem cada ministro direito a, combustivel motoristas inclusos, renda de casa, gastos de representacao, agua, luz, telefones, viagens e outras mordomias. Compare-se com o que produzem. Quanto ganha um catedratico, agora compare o que produzem.
ResponderEliminarEste camarada tembinho faz sempre falta. Tenho dito.
ResponderEliminarCaro Mavihene Tembe,
ResponderEliminarDesculpe-me, não estou em guerra contigo, mas falhas numa coisa por não seres capaz de dizer quanto é que um cadetrático ganha em Mocambique.
Depois disso fala-nos das regalias de cadetráticos têm em comparacão com os minitros como o anónimo anti-penúltimo sugeriu.
Por favor, fale-nos dos salários dos cadetráticos, POR FAVOR, SENHOR TEMBE!!!!!!!!!!
Amigo Reflectindo, é evidente que o meu objectivo não é falar dos salários de todas as profissões que existem em Moçambique. Queria, tão sómente, desafiar a falácia de que os ministros em Moçambique ganham uma fortuna. Essa é uma mentira que alguns sectores nacionais teimam em propalar conscientemente.
ResponderEliminarMoçambique deve ser dos países do mundo onde os ministros ganham menos (regalias incluidas, entre as quais podemos contar 20% do salário para renda de casa, o que só beneficia os que não vivem em casa de função).
Os ministros não fazem nada? Não conheço o seu job description. Conheço seus salários e regalias como qualquer moçambicano interessado pode conhecer. Mas alguns catedráticos também devem não fazer muita coisa. Manter um jornal actualizado numa base quase horária implica ter disponibilidade muito para além da docência e da investigação.
Mavihane Tembe
To all Mozambiques !
ResponderEliminarYou should treasure "Diario de um sociologo" and other blogs that offer you an unique opportunity to learn and debate many things about your country.
Carlos Serra, our generous host, posted "salarios de ministros..." These are the terms of reference for debate. However, when I read the 13 comments so far published, only the first paragraph of Mavihane Tembe's post(22/7/08 2:19PM) appears to be complying with the terms of reference.
If some of you are interested in the salaries of University staff in Austral Africa, etc & etc, you should propose it to our host.
It is in blogs like this one where we can fine tune the difficult art of democratic debate.
Na UEM existe duas csarreiras docente e de investigador, por isso nao e obrigatorio que o catedratico de aulas. Para se ser catedratico produz-se, escreve-se, pode apresentar algum catedratico que nao escreve ou que nao pesquisa? O facto de nao conhecermos os feitos dos outros nao nos da a prerrogativa de dizer que nao os tenham.
ResponderEliminarOla amigos. Comecei a frequentar este website ha poucos dias e vi tambem outtros andei percorrendo o que se escreve e se comenta. Veriquei neste sitio e em outros que tem sempre gente que em lugar de discutir temas querem discutir a pessoa do Professor tdo nele querem criticar. Eu sinto muito odio, muita inveja a cada momento eu penso que ate sao colegas dele. Umas coisa devemos reparar: cobardia escondida em nomes iventados. Agora ate querem dizer que ele nao da aulas, mas outras vezes quiseram ver outras coisas. Eu sei quem é esse senhor que anda aqui. Agora virei mais vezes contem comigo. Com muitorespeito Professor. Estamos juntos.
ResponderEliminarSugira, com tactos, prudências e ironias, que os ministros ganham balúrdios quando na verdade são uns vadios que não fazem nada! Será aplaudido e vitoriado por uma multidão!
ResponderEliminarSugira que o mesmo pode estar a acontecer com alguns académicos! Será acusado de caluniador, de não respeitar as referências intelectuais da nação, de ser um desonesto.
Parece que neste país se pode falar mal, com glória, dos ministros. Os académicos, pelo contrário, devem ser louvaminhados.
Alguém aqui disse que uma das funções dos catedráticos é escrever. Claro que sim, é mesmo escrever. Mas o que escrevem os catedráticos?
Quanto aos que afirmam conhecer-me, nada tenho a ver com eles.
Mavihane Tembe
(Alguém aqui disse que uma das funções dos catedráticos é escrever. Claro que sim, é mesmo escrever. Mas o que escrevem os catedráticos?) Conhece os catedrativos que temos, entao procure o que eles escrevem, livros. E lembre-se que nao se escreve um livro como se fazem videos clips, um em cada semana. Aqui neste blog tem uma serie em curso sobre o poder dos academicos -do poder dos universitarios- uma desnudacao dessa categoria.
ResponderEliminarUm dos grandes problemas sociais, e não só de Moçambique, mas também de Portugal, que conheço mais ou menos bem, é que se pensa sempre em nivelar por baixo, na generalidade.
ResponderEliminarReconheço que é muito mais fácil.
De facto.
É que, tanto quanto sei, foi mesmo isso que a Frelimo fez com Moçambique e o seu Povo.
Mas, porque não pensar ao contrário, nivelar por cima.
Isto é, elevar o nível de vida das pessoas comuns, aproxima-lo do dos ministros.
Pensar positivo, ter ambição. Subir na vida.
Como dizem os Suecos:
“É preciso acabar com os pobres, não com os ricos”.
E não é que eu concordo!
Caro Mavihane Tembe
ResponderEliminarObrigado pela resposta. Acho que na mesma podia ter nos dado os dados do salário dos cadetráticos. Isso pode ser também qualquer que conheca esse salário. Eu gostaria mesmo de discutir isso sem deixar de afirmar que sou simpatizante de quem pensa em acabar com os pobres e não com os ricos.
Parece-me que um professor licenciado em Mocambique ganha 7 000 Mt e é só isso. O professor vive na sua cabana na melhor hipótese de quem vive pelo seu vencimento. E se 50 % do seu vencimento pagasse a renda de casa, o professor seria feliz desde que essa casa fosse decente, acho.
E aí me vem a pergunta: se o ministro mocambicano não pagasse renda de casa, em que usaria o seu dinheiro? Arrendar uma casa no estrangeiro para lá pagar?
Por outro lado, podemos, hoje a 24 de Julho, perguntar: Por onde andam as casas do governo, aliás que nem nacionalizacão precisaram porque eram sempre do Estado?
Quanto às regalias, acho que o meu amigo está a escutar a pessoas erradas, suponho aos ministros que querem mais e mais. É verdade que há essa também de algumas regalias, mas para quem viu um ministro nos países nórdicos, países ricos, não consegue entender o que se passa no nosso país, onde os ministros são autênticos dificientes físicos/handicapeds...
Tal como o meu amigo, eu também não conheco a descricão do trabalho dos minitros, se é que eles têm. Acho que se houvesse descricão cuidadosa, muitos ministérios teriam sido banidos por coincidirem com outros. Daí digo que os ministros não fazem nada porque se fazem é muito pouco e longe das suas capacidades. A mim parece que os postos ministeriais só servem para a partilha do tacho. Ainda me parece que isso há-de continuar assim com qualquer governo que for, da Frelimo ou da Renamo e pior será se for dum GUN (ah, eu gostaria que se chamasse por GAEP - Governo de Acomodacão das Elites Políticas) como está sendo regra africana.
Se houver falta de racionalizacão dos quadros académicos/cadetráticos, acho também ser útil discutirmos. Isso não apenas diz respeito ao Carlos Serra, mas há muitos outros ainda que trabalhem foram de Mocambique. Contudo, vai ser difícil julgar porque parece-me que todos os que actualizam os seus blogs sacrificam o seu tempo livre em prol à nossa pátria amada. A coisa mais alarmente é o uso de tempo de muitos quadros para namoros virtuais.
E como vê, acho que há muito dinheiro por poupar.
Abraco
Nivelar por cima. Concordo com Umbhalane. A dificuldade disso está em estabelecer o tal "cima" para um africano.
ResponderEliminarNa verdade, muitos racistas ficam vermelhos de nervos por verem um africano, um negro, a viver numa casa decente, a conduzir uma viatura decente. Para esses, o africano que alcance esses níveis de vida é um ladrão a denunciar.
Desta vez foram os ministros. Outras vezes são atacados industriais e comerciantes negros que demonstrem algum sucesso na vida. Lançam-se publicamente dúvidas sobre a legitimidade desse bem estar.
Estamos perante racismo, embora muito bem camuflado. Quando ñão africanos vivem bem ninguém se importa. Aqui mesmo em Moçambique há vários expatriados que levam vida de nababos. Ninguém se há-de referir a eles. Não são negros e por isso é lógico que vivam muito bem
RJSimango
Muita confusao. Muita incongruencia no debate. Argumentacao completamente incoerente. Ideias bastante simplificadas. Solucoes para-quedas. Apelo para que desistam. Todos perderam o rumo. Abc's de L'der (na terra do Monte Binga)
ResponderEliminarCaro RJSimango, não entendo nada do que está a dizer? Está ainda neste tema ou criou o seu para desabafar algo?
ResponderEliminarCaro amigo, nós negros não somos os coitados, mas o seu discurso sugere isso.
Quando é que discutiremos os nossos problemas sem pôr aí vermelho, amarelo, castanho desnecessariamente?
O conselho de ministros em Mocambique é composto por apenas negros? E se é isso foi propositado? Onde é que não se discute os salários e regalias de ministros? Não Europa é que não, meu caro compatriota da mesma cor.
Sabe,meu caro compatriota? Uma das coisas que me preocupa em Mocambique é que se fala re racas em sítios e assuntos impróprios. Isto é, quando é para falar sobre isso, ninguém o quer tocar. Será falta de coragem?
Para ser concreto, quando em 2001eu vi com os meus próprios olhos, numa das agências do Banco Fomento que todos os funcionários eram mulatos, menos um que limpava o chão, pensei que era caso de estudo para os estudiosos e intervencão para o governo. Porém, ninguém o faz.
Um abraco compatriótico
Maugrado ter orientado a minha bússola para o Monte Binga, acabei também por levar um "puxão de orelhas", mas reconheço a dispersão do debate.
ResponderEliminarPaciência.
Caro RJSimango, não sei se devo por-me em sentido (Simango).
Compreendi o objectivo do seu comentário.
Há de tudo, sabe.
Como na farmácia!