Outros elos pessoais

24 julho 2008

Katya e Luanda

A propósito de uma postagem minha sobre Angola, petróleo e pobreza, uma leitora que se diz moçambicana vivendo em Luanda, escreveu um comentário para o qual sugiro a leitura aqui.
Observação: seria interessante receber comentários de Angolanos...

9 comentários:

  1. caro professor!
    ...pergunto se recebeu as fotos da construção na praia no seu mail?

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  2. ...enviei para carlos@zebra.uem.mz no dia 20

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  3. sou mesmo Mocambicana, e vim para Luanda em Trabalho a 3 anos.
    em 3 anos, ja vi uma cidade crescer consideravelmente, grandes infrastruturas a serem inauguradas.mas isso 'e uma face muito diferente do que a realidade deste Pais apresenta. ja tive a oportunidade de conhecer uma parte de Angola de carro, Fui de Luanda a Benguela, e passa-se por cidades muito bonitas e abandonadas como Porto Amboim e Sumbe e Catumbela onde parece que o tempo parou e que espelhao a realidade de Angola, pois existem mtas partes de Angola no mesmo estado. existe uma Frase que aki em Luanda se diz "Angola 'e Luanda e o resto do pais 'e Paisagem". Luanda cresce bastante para alguns, ou seja para a classe com Dinheiro, mas na periferia 'e outra Historia. Agora que estamos a quase 1 mes das Eleicoes Legislativas, o Governo Anda a fazer uma limpeza na cidade, a reabilitar as Ruas e a pintar os predios Antigos.
    So para acabar, neste pais 'e mais facil comprar uma carro que custa por volta de 50.000,0 USD do que comprar uma casa T1 que custa mais de 100.000, 00 USD. muitas vezes vi pessoas que moravam em Musseques (Bairros de lata, favelas, Suburbios) e que tem carros de luxo como um Kia Sorento ou um audi Q7. mas nao tem dinheiro para comprar uma casa. os novos edificios que estao a ser construidos aqui ou ou novos condominios sao bastante caros para a maioria da populacao que nao vive do petroleo e dos diamantes.

    Obrigada Professor

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  4. Para kê olhar pro quintal de outro se no nosso a realidade não é diferente?
    Em moçambique também circula mto dinheiro e há uma enorme desigualidade social (com maiores previlégios para Maputo), nós também temos indivíduos que andam de mercedes e não têm nem onde dormir mas isso á problema pessoal de cada um, problema maior é quando há casos gritantes de corrupção e todo munda parece estar a olhar para o lado (principalmente quando envolve alguém ligado a NOMEKLATURA) os pilha galinhas esses até têm direito a imagem na hora nobre das TVs como é o caso dos estudantes apanhados na UP a fazerem exames por outros (era necessário tal cobertura televisiva onde se espunham os jovens que por sinal eram universitários? não bastava encaminhar devidamente o processo e tomar as devidas medidas judiciais de tais actos?)
    PS. Eneas Comiche parece andar a deriva, ontem na TVM a propósito da mansão da costa do Sol que afinal não era fábrica de processamento de horticulas mas sim casa de luxo veio a público afirmar que a mesma tinha sido construída numa área agricola e iria tomar as devidas medidas, o que acontece é que a referida casa está construída num futuro bairro para as elites, onde já se falam de concessões para os deputados, e já há pelo menos dez casas todas de luxo (3 pisos) a serem erguidas

    grande parte dos funcionários municipais têm concessões na zona

    de fronte da referida mansão está a ser erguido um luxuoso Aquaparque com restaurantes, piscinas e mais

    Agora pergunto onde está mesmo a tal área agrícola? aconcelha-se ao camarada Comiche a ouvir menos e ir mais aos locais porque nas aguas em que está nadando nunca sabe quem o quer puxar para o fundo.

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  5. Ué, ainda não apareceu aqui ninguém a dizer que os apóstolos da desgraça têm voz? Estou surpreendida por esses meninos não terem ainda comentado.

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  6. Lisboa,(Lusa) - Luanda é a cidade mais cara do mundo para trabalhadores estrangeiros, pela segunda vez consecutiva, situando-se acima de cidades como Paris e Londres, segundo um que a consultora de recursos humanos ECA International divulgou.

    O estudo da Eca, que comparou o custo de vida em mais de 370 locais no mundo inteiro, baseia-se numa amostra de 128 bens de consumo e não engloba despesas com a habitação, normalmente suportadas pelas empresas.

    "O facto de Luanda liderar o topo da lista pode surpreender alguns", afirmou Lee Quane, da ECA International, acrescentando que tal acontece porque "o estudo engloba bens e serviços tipicamente adquiridos por expatriados, que podem ser muito caros em locais como este, por não existirem no mercado local".

    Além de Luanda, também a capital do Gabão, Libreville, Kinshasa, na República Democrática do Congo, Abidjan, na Costa Marfim e Abuja, na Nigéria, encontram-se na lista dos 25 países com custo de vida mais elevado para expatriados.

    Os dados apurados são usados pelas empresas multinacionais para calcular as ajudas de custo pagas a funcionários no estrangeiro.

    Segundo a consultora, a presença de vários países africanos no topo da lista relaciona-se com o facto de os trabalhadores estrangeiros comprarem frequentemente produtos caros importados.

    A segunda cidade mais cara é Oslo, capital da Noruega, seguida de Stavenger, também naquele país.

    Em quarto lugar, surge Copenhaga, na Dinamarca, e depois Moscovo, na Rússia.

    Zurique, Genebra, Basileia e Berna, na Suíça, fazem também parte da lista das cidades mais caras para trabalhadores estrangeiros, constando no top das 10 cidades com custo de vida mais elevado.

    O estudo situa a capital britânica em vigésimo quarto lugar.


    Comentário: Não há surpresas no estudo, relativamente ao custo de vida na capital do país do progresso do retrocesso.

    Felizmente existem organizações que apostam em estudos, e através deles podemos verificar que a realidade dos factos é bem diferente aplicada em outros cenários bem mais caóticos da vida do cidadão nos seus filmes e aventuras diárias, cujos os actores principais são os trabalhadores empenhados na reconstrução do país do progresso.Isto acontece, porque o progresso está a ser efectuado sem medidas, sem planos, desgovernado.Isto é, de forma anárquica visando as eleições com a exibição de obras imponentes de fachada, descurando os sectores primários para sobrevivência mínima de um cidadão.É preciso construir depressa, o tempo urge, não importa se o custo de vida é dos mais caros do mundo.


    Não importa, se o povo morre vítima da fome e da doença.Não importa, se o trânsito na cidade do progresso é caótico e desorganizado por falta de infra-estruturas para suportar um elevado número de população documentada (?) para poder conduzir e usar carro.Na cidade do progresso, se alguém quizer andar mais depressa ou quizer chegar a tempo de forma a poder cumprir os horários do ritmo do progresso, o melhor é optar por andar a pé.Não importa tanta coisa.
    SÓ IMPORTA O FLAGELO E O CAOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E IMOBILIÁRIO desenfreado, sem plano urbanístico adequado.

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