Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 julho 2008
Ensino multilingue: as perguntas de Olívia
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Olívia. Respondo-lhe como professor, pesquisador e especialista em políticas educacionais, em que pese o fato de estar na conclusão do doutorado. A tua questão é pertinente, com certeza. O insucesso escolar não é explicado apenas com base em um fator (neste caso, o linguístico). Eu acredito que o governo tomou essa iniciativa possivelmente a partir de resultados de pesquisas que apontavam a língua como uma das causas do insucesso escolar em Moçambique. Como ainda nem passam 10 anos desde a implementação dessa nova política, penso que não para temos bases suficientes para fazermos um prognóstico ainda. Continuemos a questionar a formação de professores e outros fatores já por ti apontados, para não depositarmos as esperanças de melhoria da qualidade do nosso ensino a apenas à questão linguistica.
ResponderEliminarSugiro que leia a tese de doutorado de José de Sousa Miguel Lopes "Cultura Acústica e Letramento em Moçambique: em busca dos fundamentos antropológicos para uma educação intercultural" e também da Hildizina Soares, professora da UP (me esqueci do título). Penso que as duas obras podem ajudar a entender e a também tomar uma posição crítica em relação à política de ensino bilingue.
Atenciosamente
António Cipriano