Diversos tipos de crimes têm provocado no nosso país uma legítima onda de indignação e condenação. O tráfico de seres humanos e os linchamentos péri-urbanos em algumas cidades do país, com intensa cobertura jornalística, são dois desses crimes. Porém, com reduzido abrigo nas páginas dos mídia, como se albergados numa generalizada crença na sua justeza cultural, os crimes por acusação de feitiçaria - fenómeno generalizado no país, provocador de imensa intranquilidade e trauma - merecem, creio, bem menos a nossa atenção e a nossa preocupação. Tanto quanto julgo saber, o procurador-geral da República, Augusto Paulino, foi, há tempos, na sua informação anual à Assembleia da República, o primeiro a colocar de frente, publicamente, o problema.
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