Um dos mais interessantes trabalhos que o semanário "Magazine Independente" apresenta hoje diz respeito ao seguinte: o governador de Inhambane, Francisco Itai meque, foi ao Inhassoro. E, claro, houve comício. Os secretários dos grupos dinamizadores e os líderes comunitários mandaram fechar os fontanários públicos e tudo o que fosse actividade produtiva e comercial para obrigar os habitantes a assistirem ao comício. Mas o governador zangou-se com isso e criticou pública e severamente os autores da decisão, o que levou ao aplauso do delegado político da Renamo em Inhassoro, António Magalhães, que disse que Meque é um governador do povo e que dorme não em hotéis de luxo quando visita distritos, mas na residência dos administradores "mesmo aqui em Inhassoro, onde o palácio é um cubículo, ele dorme ali mesmo, e não no hotel" (p. 5).
O semanário seleccinou o governador e o delegado político da Renamo como figuras-chave do trabalho.
O semanário seleccinou o governador e o delegado político da Renamo como figuras-chave do trabalho.
Eu teria seleccionado o estudo, a fotografia dos caciques locais, do seu imenso poder decisório e da engrenagem, do rolo compressor do qual eles são, afinal, um ingrediente e um executor.
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