

Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Interesante polémica. Interessante demais Professor. Li e com grande interesse, grande parte dos portais relacionados, comentários às postagens e artigos enfim. Tenho cá por mim que acabou-se bem longe donde se começou.
ResponderEliminarAgualusa disse oque disse a saber "Neto foi um poeta medíocre" como uma avaliação crítica do Neto poeta e muitos não conseguíram separar o Neto poeta que Agualusa acha medíocre, do Neto herói, figura histórica. Oque ele diz devia ser considerado uma opinião e não uma verdade absoluta. O factor comparativo parece estar na origem de tudo. Neto é medíocre em relação à algo que se subentende. Tenho que manter firme que oque Agualusa disse, seja lá quais foram os motivos e critérios de avaliação não passa duma opnião pessoal. Neto não se torna um poeta medíocre só porque Agualusa assim o acha. É dar-lhe autoridade demais. Agualusa tem seus pontos de vistas, seus critérios de avaliação, seus argumentos mas independentemente do seu tamanho no mundo literário, não tem a última palavra sobre nada, muito menos sobre Agostinho Neto. Penso que ele exagera ao dizer que quem acha Neto um grande poeta, não entende nada de poesia, mas mesmo nesse exagero continuaria a olhar essa afirmação exagerada como uma opinião pessoal. Não é o padrão de Agualusa que determina quem entende ou não algo da poesia.
Algumas reacções, as mais azedas foram feitas cobertas de razões bem distantes das letras. Houve penso eu que se irritou com a "ousadia" de Agualusa. Quem pensa que não se deve questionar um homem do tamanho de Agostinho Neto. Há quem pensou que Neto, pelo que foi como herói tem de ser inquestionável em todas as outras dimensões. Deve ser a cultura do "yes and Amém" a luta pelo concenso, combate contra pensamentos contrários.
Sem se quer me importar em Agostinho Neto aproveitei ver mais uma vez como o homem é pequeno apesar de toda à grandeza que se lhe atribui. Como o homem pode descer às profundezas da irracionalidade quando "lhe pisam os calos". Me lembrei da "animalidade" que de vez em quando transparece na nossa blogosfera. Vezes em que se recorre aos grandes saberes para "empequenar" os que se nos opõe no pensar. Me lembrei de como os "pecados recentes" são forçosamente cobertos ou cobardemente ignorados firmando os olhares para "os grandes" feitos anteriores. Enfim, vi o paradoxo humano. Essa perpétua dualidade que é nossa natureza.
Perpétua dualidade,sim...Eu ainda estudo o fenómeno.
ResponderEliminarAos leitores: acrescentei uma 4.ª adenda com poesia de Agostinho Neto.
ResponderEliminarQuitandeira me ficou gravado na memória. Foi texto de um exame de língua portuguesa que fiz nos anos bem idos da década de 90. Na altura não entendia nada de poesia como Agualusa me acharia, não entendia nada do que o texto dizia. Me safei no exame porque me dei bem no outro lado, o da prosa ou texto narrativo como "primitivamente" chamávamos. Não entendia a beleza das palavras. A liberdade que elas tomam na palma do poeta que suavemente empunha a pena. Me questionava até porque é que um texto tinha que ser tão complicado de entender? Enfim coisas de um tempo que se foi.
ResponderEliminarQuanto a dualidade professor, ter constante consciência dela, tem sido um factor muito importante. Me ajuda a manter-se dentro dos "limites da humanidade", em outras palavras(mais humanas) me providencia a dosagem exacta da humildade que me permite desfrutar a grandeza da humanidade sem contudo me iludir, sem se esquecer da nossa infeliz pequenez.