Prosseguir esta série é estarmos dentro da economia política da violência em geral e da punição em particular, é estarmos dentro das tecnologias de punição e dor, é estarmos no interior da liturgia dos corpos maltratados - seja em parte, seja no todo pela morte -, é penetrarmos em todo o complexo mundo da colonização dolorosa da nossa parte física e, também, é penetrarmos no aguilhão psicológico que pode ficar - e certamente fica - em muitos de nós.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
22 março 2008
Ritos de iniciação à violência (3) (prossegue)
Prosseguir esta série é estarmos dentro da economia política da violência em geral e da punição em particular, é estarmos dentro das tecnologias de punição e dor, é estarmos no interior da liturgia dos corpos maltratados - seja em parte, seja no todo pela morte -, é penetrarmos em todo o complexo mundo da colonização dolorosa da nossa parte física e, também, é penetrarmos no aguilhão psicológico que pode ficar - e certamente fica - em muitos de nós.
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
> Citando Aurélio Rocha (in Africa Austral, o Desafio do Futuro, IEEI)
ResponderEliminar “… a subestimação do peso e da importância das forças sociais activas que se encontram dispersas pelo mundo rural, integrando grupos socioculturais com línguas, crenças, relações de autoridade e parentesco, modos de produção e estruturas económicas, formas sociabilidade, em suma, instituições próprias. “
“ Estas forças viram-se assim confrontadas com o centro do poder, onde se encontram novos grupos sociais, herdeiros do processo colonial e das instituições por ele criadas, assumindo novos valores culturais quer na forma organizativa do Estado quer no comportamento face ao poder.”
> Uma amálgama de questões a resolver!
Um Abraço
FM
Obrigado pelo comentário. Prosseguirei a série ainda hoje.
ResponderEliminarA famosa régua dos cinco olhos usava-se em todas as escolas, do Minho a Timor.
ResponderEliminarEra uma marca do autoritarismo da época.
E o rabo de raia (poderia ser também o cavalo-marinho-chicote)foi usado no Colégio dos Maristas na cidade da Beira, que o Prof. conhece.
Era fruta da época.