Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
19 março 2008
Mazula, Niassa e os vientes
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Bom, como explicar... sem complexos.
ResponderEliminarO Sr. Brazão Mazula, ex-reitor da Universidade Eduardo Mondlane, não é certamente um qualquer.
Forçosamente tem que ter peso, intelectual, no mínimo.
Não o conheço, não sei a sua maneira de pensar.
Mas, quando um homem que ocupou um cargo de Reitor da UEM, que já bebeu água da capital, faz as declarações citadas, meus Srs., não vale a pena meter a cabeça debaixo da areia.
É GRAVE.
Caro umbhalane, não vejo aqui o problema do que questina Mazula. Ele não devia colocar estas perguntas para ele mesmo não ser chamado tribalista? Ou eu leio mal o texto? Vejo aqui ele a combater o mal. Um exemplo, perguntar ao Filipe Paunde a base de nomeacão de Augusto Ferro a administrador de Rapale, não é justo?
ResponderEliminarCapital Maputo e órgãos centrais deviam se considerar como Vaticano na Italia.
Voltei ao texto de onde retirei o seguinte:
ResponderEliminar"Ouvi dizer que, no seio das elites políticas e administrativas da província, privilegiam-se algumas posições de destaque para uma determinada tribo, não admitindo, de forma alguma, pessoas de outras tribos". Então Brazão Mazula "ouviu dizer". Com quem ouviu dizer? Porque é que quem lhe disse o fez? Procurou ele verificar(com rigor que se exige à um ex-reitor) ao que lhe disseram ou partiu pura e simplesmente para o governador e começou "a jogar chumbo" nele? Contra o tribalismo estamos todos(?) mas cuidado se exige-se especialmente de gente como Mazula pelas razões que Umbhalane bem apresenta. Ou é evidente demais o tribalismo em Niassa ou então Mazula se deixou levar pela emoção. Eu que não quero me fiar em "ouvi dizer" prefiro não decidir.
Vejam a lista publicada pelo Magazine Independente, que faz a listagem das "pessoas mais importantes do Niassa". Não se vê ali o predomínio de nenhuma tribo. Há naquela lista pessoas de todos os cantos do país. Estou com Nelson. Brazão Mazula deveria ter elaborado mais nesta sua acusação. De outro modo podemos ser levados a pensar que ele advoga que no Niassa "só deviam comer os naturais de Niassa". Neste caso, todos os naturais do Niassa que ocupam posições de relevo em Cabo Delgado, Nampula, Zambezia, Tete, Manica, sofala, Inhambane, Cidade de Maputo, Maputo Província, deveriam ser expulsas de volta à sua província de origem?
ResponderEliminarSe denunciar tribalismos e racismos é bom, recomendável e positivo, levantar falsos fantasmas é bastante mau. Pode ser perigoso para o país.