Outros elos pessoais

29 março 2008

Eleições no Zimbábuè também são nossas (5) (prossegue)

Tanto quanto se pode perceber pelos relatos que surgem sobre o Zimbábuè, as eleições (presidenciais, parlamentares e municipais) têm decorrido de forma geralmente pacífica, ainda que haja problemas logísticos sérios e queixas de falta de mesas de voto suficientes em áreas urbanas. As forças de segurança estão em peso por todo o lado. Há tanques nas ruas e aviões militares sobrevoam o país.
Quer Mugabe quer Tsvangirai estão convencidos de que vão ganhar. Todavia, creio que Mugabe e a ZANU-PF serão declarados vencedores, com alguns ganhos de Tsvangirai e do MDC em alguns círculos, especialmente urbanos e designadamente em Harare.
Uma sondagem conduzida pelo Departamento de Ciência Política e Administração da Universidade do Zimbábuè, sob direcção de Joseph Kurebwa - com uma amostra de dez mil pessoas em todo o país - , prevê 56% de votos presidenciais para Mugabe, 26% para Tsvangirai e 13% para Makoni. O partido ZANU-PF é também suposto ganhar, assegurando 41 assentos no Senado e 137 assentos parlamentares.
A Rádio Moçambique tem reportado o evento de forma muito breve nos seus noticiários, sem qualquer esforço analítico.
Se quer ler em português o material acima, use este tradutor aqui.
Nota: foto reproduzida daqui.

1 comentário:

  1. Depois de ver a sua última adenda com as últimas notícias da Reuters, fico chocada com a passividade da comunidade internacional e principalmente com a dos países vizinhos do Zimbábuè.

    Com tanta notícia difundida sobre as fraudes, a violação constante dos direitos humanos,a pobreza,a inflação galopante, não se vê nenhum país a mover as suas influências no sentido de reverter toda esta miséria que tanto parece agradar ao Sr. Mugabe.

    Até quando a comunidade internacional vai permitir esta situação? Até quando a falta de bom senso e dever patriótico do Sr. Mugabe? Retire-se senhor! Vá viver a sua dourada reforma e deixe esse povo tão sofrido reconstruir o país.

    Chocante! Será que é necessário termos que ver outra situação igual à que se passou no Quénia, para alguém fazer algo?

    Esperemos bem que não, pois poderá ser tarde de mais.

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