Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
17 fevereiro 2008
Viciação de listas de reassentados em Mopeia
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Esta questão da viciação do número de reassentados, faz-me recordar que os valores morais deste nosso povo estão completamente adulterados. Um povo em particular o rural que sempre teve como princípio que mal acordasse deveria varrer o seu quintal, depois ía para a machamba, cultivava o respeito pelos velhos, etc.... e que de forma geral tinha (tem) o culto do morto, a falta de respeito que se assiste hoje nos cemitérios (em particular o de Lhanguene e o São Francisco Xavier) deixa-me completamente sem palavras. Não tenho dúvidas que a questão da guerra terá eventualmente contribuido muito para esta mudança, mas com toda a certeza terão que existir outras razões. A situação económica, etc.... .
ResponderEliminarPrezado Professor, não seria esta uma boa matéria para estudo?
Abraço.
Sim, um excelente tema. Neste caso, haveria que estudar como se processa o desvio do auxílio, quem desvia,como e quanto rende, etc.
ResponderEliminarNo citado artigo do jornal domingo, também me consternou o relato da imundice protagonizada pelos reassentados. Para a construção de latrinas que lhes iriam servir foi um problema! Só a custa de promessa de comida é que as construíram, e mesmo assim, debaixo de exigencias absurdas. De facto para onde foi a moral? os hábitos e costumes tão salutares dos camponeses? Entrementes, os políticos vão-se aproveitando da situação tendo em vista as eleições...
ResponderEliminarFalta, naturalmente, compreender as razões por que as vítimas das cheias recusam sistematicamente a construção de latrinas. Se eu tivesse podido estar no local, teria tentado explorar o tema.
ResponderEliminarMopeia nos ulimos anos esta sendo polemico. No ambito das cheias, segundo conta o MAGAZINE INDEPENDENTE numas das suas edicoes, as populacoes reassentadas comeram farinha de milho contaminada com diesel. Coisas deste pais. E recentemente, o governador da Zambezia, esteve la dizendo que estava visitar as vitimas. Vejam so que a respectiva administradora nao conseguiu dar numeros exactos dos afectados.
ResponderEliminarAndou ai a gaguejar tanto e o assunto ficou por ser invertigado.
lamentavel.
Tem razão, algo de pouco normal se passa lá.
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