Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
17 fevereiro 2008
Pelo amor de Deus, párem de ajudar África!
11 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Já diziam os chineses...se não tou a meter água:
ResponderEliminarNão dar o peixe ,ensinar sim, a pescar!
A propósito justamente do autor referido nesta postagem, julgo ser interessante consultar o link, que indicarei, porque tem a ver com a perspectiva do autor.Ei-lo:
ResponderEliminarhttp://forum.jogosonline.com.br/archive/index.php/t-21952.html
Para o visitante anterior. Há quem atribua a Mao Tsé Tung, essa célebre expressão. Penso que o correcto é falarmos de Confúcio
"não se deve dar o peixe ao pobre; deve-se,sim, ensiná-lo a pescar"
...meti mesmo água!
ResponderEliminarObrigado pela correção.
Eu continuo batendo na mesma tecla. A ajuda ao desenvolvimento constitui uma externalidade positiva para a África. A intenção do ocidente, agora a China chega a ser boa.
ResponderEliminarQuerem criar poder de compra para os seus produtos, numa situação em que atingiram um elevado grau de avanço tecnológico e a velocidade com que produzem não é correspondida pela velocidade com que os bens e equipamento são comprados nos seus países ou continentes.
O Ocidente está a procura de mercado em África e América Latina. E só poderá garantir mercado, se nos ajudar a sair da pobreza. Por isso acreditam que financiamento à saúde, educação, etc., ajuda na exportação da sua produção de bens, equipamento e serviços e aumenta a capacidade de geração de rendimentos por parte das famílias, o que impulsiona o surgimento na periferia de pequenas empresas também consumidoras dos seus equipamentos e insumos, para além de gerar novos empregos e renda para a população. Com este mecanismo, evitam crises económicas mundiais que poderão ser causadas pela superprodução nos seus países.
Portanto, essa é a crença do ocidente. Mas no terreno as coisas não acontecem como eles querem ou na velocidade desejada. Cada dólar que entra em África, apenas 25 cêntimos é que serve para financiar esse mecanismo. E os outros 75 cêntimos, desaparecem naqueles esquemas que todos nós conhecemos. E o ocidente vai se conformando dizendo, é melhor do que nada. E os dólares vão fluindo para África e América latina.
Para mim, temos que investir em medidas que garantem transparência na gestão desses financiamentos (que muitos aparecem sob forma de dívida externa). Como é que podemos garantir que, para cada dólar que entra, 95 cêntimos sejam aplicados para esses programas de desenvolvimento, que para além de garantir mercado (servindo de tubo de escape, para avanço tecnológico no ocidente e China), contribuiria para um desenvolvimento um bocadinho mais acelerado da periferia? E porquê os patrões (ocidente) ficam indiferentes à essa fraca aplicação dos fundos colocados a nossa disposição? Não estarão a dar pela mão direita e retirando pela mão esquerda? Acho que os que abocanham 75 Cêntimos, para cada dólar que entre podem ter suas contrapartes, no ocidente.
Boa tarde professor. Acabei de lhe enviar um e-mail. Não sei se o recebeu. Um abraço, João
ResponderEliminarAcabo de reentrar, João. Esteja descansado, acabo de abrir o email e já lhe respondo lá...
ResponderEliminarO Lázaro tem razão: é um tema que permite uma ampla discussão.
ResponderEliminarHá muitos ângulos de uma mesma questão, muitas linhas de força, que no fim vão culminar numa principal.
ResponderEliminarEssa é que conta.
Estou em grande parte de acordo com Eugénio Chimbutane.
Se fizessemos a questão ao Povo e Governo de Cabo Verde, não tenho quaisquer dúvidas sobre a resposta.
Há casos e casos.
A ajuda, nuns lados resulta, noutros não.
E a culpa não será da ajuda.
Este é um tema que permite horas de debate, com posições de força em muitos lados...E James Shikwati é corajoso. Tento imaginar as reacções se ele fosse moçambicano e aqui escrevesse ou dissesse o que escreveu.
ResponderEliminarEm minha opinião tanto o James Shikwati como os que defendem posições contrarias podem ter efeitos positivos e negativos o que seria util a este debate seria a discusão de mecanismos sustentaveis de financiamento, isto é que impulsionassem o crescimento economico primeiro e depois quem sabe o desenvolvimento economico deixando sempre sinais de mudança nos Africanos comuns.
ResponderEliminarO Chimbutana andou um pouquinho a volta de possiveis causas já foi muito bom.
Minha sugestão:
Deveriamos questionar o seguinte: De que forma o financiamenþo do Ocidente e China pode impulsionar o crescimento e desenvolvimento economico sustentaveis nos paises do terceiro mundo.
Maxango
Caros,
ResponderEliminarO assunto merece de facto horas de debate. E esse deve debate deve girar a volta de como garantir a aplicação dos fundos com um mínimo de transparência. Os que montam esquemas para desviar fundos, não sabem que se aplicassem esses fundos nos programas a que são alocados e com transparência, eles estariam muito mais ricos a logo prazo, do que o são ou serão se a máquina do desvio continuar.
Maxango, ai vai a resposta à sua pergunta: transparência! Para mim a intenção dos financiadores é sem dúvidas boa, apesar de tudo!